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Sudeste africano está em alerta para a passagem do Ciclone Irina

O ciclone está sobre o Oceano Índico e deve chegar nas próximas horas ao litoral da África do Sul e Moçambique

Bandeira da África do Sul (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Bandeira da África do Sul (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2012 às 11h41.

Maputo – Ventos de até 170 quilômetros por hora são esperados para a madrugada deste domingo (3) no Sudeste do continente africano. O ciclone Irina, considerado de categoria 3 (forte) está sobre o Oceano Índico e deve chegar nas próximas horas ao litoral da África do Sul e de Moçambique, região que inclui a capital Maputo e outros 27 distritos vizinhos. Em algumas áreas, o volume de chuva esperado pode chegar a 200 milímetros.

O Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, formado por autoridades e especialistas de vários órgãos do governo moçambicano, decidiu acionar o alerta máximo para o ciclone. Isso inclui o envio de funcionários treinados para a mobilização dos moradores e a divulgação de mensagens em vários idiomas nas rádios comunitárias de pequenas aldeias e distritos litorâneos, pois apenas 25% dos moçambicanos falam português.

Segundo o meteorologista Sérgio Buque, do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique, os prejuízos podem ser grandes e há risco para a população que vive perto do mar e de grandes rios da região.

“Já choveu muito este ano e o solo perdeu parte da capacidade de absorver mais água. Pode haver enchentes”, disse Buque. O governo pede que as pessoas evitem viajar, pois nas estradas pode haver quedas de barreiras e os materiais arrancados de telhados e de construções próximas podem atingir os automóveis e provocar acidentes, além da própria dificuldade de dirigir com chuvas e ventos intensos.

No período das monções do Índico, que vai de dezembro a abril, é comum a formação dos ciclones sobre o mar. Os mais fortes chegam à terra. Em 2012, dois outros ciclones provocaram destruições e enchentes, matando ao menos 40 pessoas e deixando 500 salas de aula de regiões rurais destruídas – cerca de 20 mil crianças ficaram sem aulas.

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