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Sudão e rebeldes iniciam na Etiópia novo diálogo de paz

O governo do Sudão e os rebeldes de Darfur iniciaram novas conversações de paz para tentar acabar com uma década de conflito

Rebeldes da região de Darfur: conflito já provocou 300 mil mortes (©AFP/File / Ashraf Shazly)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 09h57.

Adis Abeba -O governo do Sudão e os rebeldes de Darfur iniciaram no domingo em Adis Abeba novas conversações de paz para tentar acabar com uma década de guerra na região oeste do país.

O ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, mediador da União Africana (UA) nas conversações, pediu um cessar-fogo entre as forças governamentais e os rebeldes.

As duas partes se encontraram em várias ocasiões para tentar resolver o conflito de Darfur, que provocou 300.000 mortes e expulsou de suas casas dois milhões de pessoas, segundo a ONU .

"Ninguém no Sudão pode beneficiar-se destes conflitos", disse Mbeki na sede da UA em Adis Abeba.

"É importante que se faça todo o possível para acabar com os conflitos", completou o ex-presidente sul-africano, que também é o mediador nas negociações entre Cartum e os rebeldes em dois outros estados sudaneses, o Nilo Azul e Kordofan-Sul.

Os conflitos são alimentados pelo rancor das populações não árabes, que se consideram discriminadas por Cartum.

A delegação governamental insistiu em Adis Abeba sobre o "compromisso sincero" de Cartum "para alcançar um cessar-fogo", uma promessa recebida com ceticismo pelos rebeldes.

Minni Minnawi, coordenador da Frente Revolucionária Sudanesa (FRS), uma aliança de rebeldes armados de Darfur, Kordofan-Sul e Nilo Azul, acusou Cartum de "atrocidades a nível de genocídio" e afirmou que o Sudão está a "ponto de afundar".

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O ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, mediador da União Africana (UA) nas conversações, pediu um cessar-fogo entre as forças governamentais e os rebeldes.

As duas partes se encontraram em várias ocasiões para tentar resolver o conflito de Darfur, que provocou 300.000 mortes e expulsou de suas casas dois milhões de pessoas, segundo a ONU .

"Ninguém no Sudão pode beneficiar-se destes conflitos", disse Mbeki na sede da UA em Adis Abeba.

"É importante que se faça todo o possível para acabar com os conflitos", completou o ex-presidente sul-africano, que também é o mediador nas negociações entre Cartum e os rebeldes em dois outros estados sudaneses, o Nilo Azul e Kordofan-Sul.

Os conflitos são alimentados pelo rancor das populações não árabes, que se consideram discriminadas por Cartum.

A delegação governamental insistiu em Adis Abeba sobre o "compromisso sincero" de Cartum "para alcançar um cessar-fogo", uma promessa recebida com ceticismo pelos rebeldes.

Minni Minnawi, coordenador da Frente Revolucionária Sudanesa (FRS), uma aliança de rebeldes armados de Darfur, Kordofan-Sul e Nilo Azul, acusou Cartum de "atrocidades a nível de genocídio" e afirmou que o Sudão está a "ponto de afundar".

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