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Sudão do Sul é palco de novos confrontos

Enfrentamentos entre o Exército do Sudão do Sul e militares dissidentes explodiram nesta quarta

Civis chegam às instalações da ONU no Sudão do Sul: mortos durante a tentativa de golpe no país já passam dos 400 (George Mindruta/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 12h20.

Cartum - Enfrentamentos entre o Exército do Sudão do Sul e militares dissidentes explodiram nesta quarta-feira na cidade de Bor, capital do conflituoso estado de Jonglei, enquanto os mortos durante a tentativa de golpe já passam dos 400.

O porta-voz do Exército do Sudão do Sul, Phillip Aguer, informou à Agência Efe por telefone que até o momento o número de vítimas confirmadas já passa dos 400 e há 700 feridos.

Aguer assinalou que a situação em Juba voltou à normalidade, mas que "uma pequena força rebelde" atacou várias zonas militares em Bor.

Segundo o porta-voz militar, os dissidentes não conseguiram tomar o controle do quartel militar, embora a imprensa, como o independente "Sudão Tribune", afirme que os dissidentes liderados pelo general Peter Gadet Yaak se apropriaram de armas e tanques na base de Malualchat.

Os militares insurgentes atacaram com projéteis e artilharia pesada várias instalações militares-chave e forçaram centenas de soldados leais ao presidente Salva Kiir a fugir, acrescentou o jornal.

Por sua vez, a rádio "Miraya", da missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, UNMISS, indicou que ocorreu um êxodo de população em Bor devido à violência .


Mais de mil de pessoas buscaram refúgio no complexo da UNMISS, situado no sudeste da cidade, da mesma forma que em Juba mais de 13 mil pessoas tomaram a mesma atitude.

Nesta jornada, a situação se mantém mais tranquila em Juba, o que permitiu retomar os voos desde o aeroporto internacional, onde foram vistos vários estrangeiros que querem deixar o país.

As autoridades estão perseguindo aqueles supostamente implicados na revolta e já detiveram desde segunda-feira mais de uma dezena de personalidades, entre eles vários ex-ministros e altos cargos.

Alguns dos detidos são o ex-secretário-geral do governante Movimento para a Libertação do Sudão (MPLS), Pagam Amum; o ex-ministro do Interior, Geir Choung; o ex-titular de Segurança, Oyay Deng; e o ex-vice-ministro da Defesa, Majak Agot.

O Governo acusou da tentativa golpista do domingo o ex-vice-presidente Riak Mashar, principal rival político de Kir e em paradeiro desconhecido.

Em declarações ao "Sudão Tribune", Mashar negou hoje que se tenha produzido uma tentativa de golpe de Estado no Sudão do Sul e acusou Kir de lançar essas acusações para "se desfazer" dos políticos críticos com sua gestão.

Mashar ressaltou que o ocorrido é "um mero mal-entendido entre membros da Guarda Presidencial".

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Cartum - Enfrentamentos entre o Exército do Sudão do Sul e militares dissidentes explodiram nesta quarta-feira na cidade de Bor, capital do conflituoso estado de Jonglei, enquanto os mortos durante a tentativa de golpe já passam dos 400.

O porta-voz do Exército do Sudão do Sul, Phillip Aguer, informou à Agência Efe por telefone que até o momento o número de vítimas confirmadas já passa dos 400 e há 700 feridos.

Aguer assinalou que a situação em Juba voltou à normalidade, mas que "uma pequena força rebelde" atacou várias zonas militares em Bor.

Segundo o porta-voz militar, os dissidentes não conseguiram tomar o controle do quartel militar, embora a imprensa, como o independente "Sudão Tribune", afirme que os dissidentes liderados pelo general Peter Gadet Yaak se apropriaram de armas e tanques na base de Malualchat.

Os militares insurgentes atacaram com projéteis e artilharia pesada várias instalações militares-chave e forçaram centenas de soldados leais ao presidente Salva Kiir a fugir, acrescentou o jornal.

Por sua vez, a rádio "Miraya", da missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, UNMISS, indicou que ocorreu um êxodo de população em Bor devido à violência .


Mais de mil de pessoas buscaram refúgio no complexo da UNMISS, situado no sudeste da cidade, da mesma forma que em Juba mais de 13 mil pessoas tomaram a mesma atitude.

Nesta jornada, a situação se mantém mais tranquila em Juba, o que permitiu retomar os voos desde o aeroporto internacional, onde foram vistos vários estrangeiros que querem deixar o país.

As autoridades estão perseguindo aqueles supostamente implicados na revolta e já detiveram desde segunda-feira mais de uma dezena de personalidades, entre eles vários ex-ministros e altos cargos.

Alguns dos detidos são o ex-secretário-geral do governante Movimento para a Libertação do Sudão (MPLS), Pagam Amum; o ex-ministro do Interior, Geir Choung; o ex-titular de Segurança, Oyay Deng; e o ex-vice-ministro da Defesa, Majak Agot.

O Governo acusou da tentativa golpista do domingo o ex-vice-presidente Riak Mashar, principal rival político de Kir e em paradeiro desconhecido.

Em declarações ao "Sudão Tribune", Mashar negou hoje que se tenha produzido uma tentativa de golpe de Estado no Sudão do Sul e acusou Kir de lançar essas acusações para "se desfazer" dos políticos críticos com sua gestão.

Mashar ressaltou que o ocorrido é "um mero mal-entendido entre membros da Guarda Presidencial".

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