Strauss-Kahn, que cumpre prisão domiciliar após ter pagado uma fiança de US$ 1 milhão, é acusado formalmente de sete crimes por abuso sexual (Richard Drew/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 13h25.
Nova York - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn flertou com outras duas funcionárias do hotel de luxo em que supostamente agrediu sexualmente uma mulher da Guiné de 32 anos, informou nesta segunda-feira a emissora de televisão CNN.
Strauss-Kahn, segundo o canal revelou nesta segunda-feira citando fontes da investigação policial, pediu à recepcionista que o acompanhou até seu quarto no dia 13 de maio que tomasse uma taça de champanhe com ele, mas ela recusou o convite.
Posteriormente, ainda segundo a "CNN", perguntou a outra recepcionista do luxuoso hotel se queria tomar um drink com ele em seu quarto no final do expediente, o que também foi negado.
Strauss-Kahn, que cumpre prisão domiciliar após ter pagado uma fiança de US$ 1 milhão, é acusado formalmente de sete crimes por abuso sexual e tentativa de estupro de uma empregada da limpeza do mesmo hotel, delitos com penas de 3 a 25 anos segundo sua gravidade.
Uma das funcionárias do hotel, segundo as fontes anônimas citadas pelo canal de televisão, descreveu às autoridades a atitude de DSK, como é conhecido, como "de um paquerador".
Strauss-Kahn foi preso em 14 de maio no aeroporto John F. Kennedy de Nova York quando estava a bordo de um avião com destino a Paris.
Entre as revelações que surgiram após sua detenção, a imprensa francesa assinalou que pouco antes que ocorresse, "cantou" em voz alta e grosseiramente uma das aeromoças do voo, além de ter supostamente protagonizado uma tentativa de agressão sexual a outra jornalista francesa que o entrevistava há anos atrás.
O político e economista socialista francês, de 62 anos, casado com a jornalista Anne Sinclair e pai de quatro filhas de casamentos anteriores, saiu na sexta-feira passada da prisão de Rikers Island em liberdade mediante fiança, após o pagamento de US$ 1 milhão.
Por outro lado, seu midiático advogado, Benjamin Brafman, em uma entrevista ao jornal israelense "Ha'aretz", assinalou que DSK vai se declarar "inocente, e no final será absolvido".
Já o "The New York Post" cita nesta segunda-feira declarações do ministro de Interior francês, Claude Guéant, nas quais se refere à possibilidade de que, caso DSK seja condenado no processo judicial realizado nos Estados Unidos, a França solicite que o cumprimento da pena seja realizado em uma de suas prisões.