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Strauss-Kahn: dívida é risco para o crescimento

FMI calcula que a dívida pública dos países desenvolvidos alcance 120% do PIB até 2014

Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI, quer uma diminuição do déficit público dos países

Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI, quer uma diminuição do déficit público dos países

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 08h04.

Paris - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, estimou que a dívida pública constitui um risco para o crescimento mundial, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal francês Le Monde.

"Ao contrário do que muitos pensam, o crescimento não se deve aos planos de apoio à economia colocados em prática para impedir a queda da demanda", afirmou o chefe do FMI.

O Fundo calcula que "de 2008 a 2014, a dívida pública média, em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), passará de 80% a 120% para as economias desenvolvidas".

Este aumento, no entanto, se deve "apenas em uma décima parte aos planos de reativação", apontou Dominique Strauss-Kahn. "A essencial da deterioração foi causado pela recessão que contraiu o PIB, pela queda da renda fiscal e pelo custo das reestruturações bancárias".

O FMI defende "uma redução do déficit de aproximadamente um ponto do PIB em média a partir de 2011", para "recuperar o equilíbrio a médio prazo". Entretanto, acrescenta o diretor geral do Fundo, "nem todos os países estão na mesma situação, e devem aplicar políticas diferentes".

Outros dois riscos recaem sobre o crescimento mundial, destaca Strauss-Kahn: o de um "crescimento sem empregos" e o da "crença cada vez mais evidente de cada governo de que pode resolver tudo sozinho".

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