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Strauss-Kahn defende expansão da moeda do FMI

Diretor do fundo defende a entrada do iuane na cesta de moedas usada pela instituição

Dominique Strauss-Kahn quer que a unidade monetária do FMI seja mais utilizada (Stephen Jaffe/IMF)

Dominique Strauss-Kahn quer que a unidade monetária do FMI seja mais utilizada (Stephen Jaffe/IMF)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 08h01.

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse hoje que o sistema monetário internacional deve passar por reformas fundamentais, com a expansão do papel e do uso da moeda da instituição, o Direito Especial de Saque (DES). Segundo ele, isso deverá incluir o iuane chinês na cesta de moedas que compõem a unidade monetária do fundo. Atualmente, o DES é composto por uma cesta de moedas que inclui apenas o dólar, o euro, a libra e o iene.

Strauss-Kahn disse que a reestruturação do sistema monetário internacional é necessária para estabilizar a economia mundial, cada vez mais desequilibrada, e para prevenir crises futuras. Ele fez essas declarações antes de uma cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), marcada para a próxima semana. "Reformas no sistema monetário internacional, que nos ajudem a chegar à raiz desses desequilíbrios, poderão tanto fomentar a recuperação como fortalecer a capacidade do sistema de prevenir crises futuras", acrescentou.

Segundo Strauss-Kahn, reequilibrar a economia global é uma tarefa que exige um esforço em várias frentes, entre elas uma coordenação muito melhor de políticas econômicas. Para isso, o FMI está ajudando o G-20 a preparar um plano, o Processo de Avaliação Mútua.

O diretor-gerente também disse que o FMI vai publicar em breve uma proposta de "regras para a estrada", para disciplinar os fluxos de capital, que estão ameaçando levar algumas economias emergentes ao superaquecimento e criar bolhas de ativos. Essa proposta deverá servir de base para discussões no âmbito do G-20.

Strauss-Kahn afirmou que o FMI desenvolveu várias novas ferramentas de vigilância e de concessão de crédito, em reação à crise financeira global. Mesmo assim, muitos países ainda estão por ser convencidos de que a rede de segurança financeira global é suficientemente forte para lidar com a próxima crise, "e, por isso, a custosa acumulação de reservas continua, superando em muito as necessidades ditadas pela precaução".

Por causa disso, o FMI está propondo a ampliação do uso e do papel do DES. Segundo Strauss-Kahn, isso aumentará a previsibilidade da liquidez do sistema financeiro, mais do que se ela for deixada a cargo dos bancos centrais. A proposta publicada hoje prevê a elevação dos estoques globais de DES, para ajudar a atender à demanda dos países por reservas preventivas. O uso do DES no comércio internacional e para a determinação do valor de ativos financeiros criaria um colchão de proteção contra a volatilidade do câmbio. A emissão de bônus denominados em DES poderia criar, potencialmente, uma nova classe de ativos de reserva.

"Acrescentar moedas dos mercados emergentes, como o renminbi, poderia ajudar o processo de internacionalização dessas moedas, o que beneficiaria o sistema como um todo", disse Strauss-Kahn, referindo-se à moeda chinesa - cujo nome oficial é renminbi, sendo que iuane é o nome da unidade numérica. As informações são da Dow Jones.

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