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Strauss-Kahn chega à Corte para pedir nova fiança

Ex-diretor-gerente do FMI se compromete a usar um bracelete eletrônico e a ficar em prisão domiciliar

Dominique Strauss-Kahn teve o primeiro pedido de fiança negado  (Getty Images)

Dominique Strauss-Kahn teve o primeiro pedido de fiança negado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 13h38.

Nova York - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, já está na Corte Criminal de Manhattan onde nesta quinta-feira sua defesa pedirá que seja colocado em liberdade mediante o pagamento de US$ 1 milhão de fiança.

Diante da acusação de suposto abuso sexual e tentativa de estupro, os advogados de Strauss-Kahn vão apresentar nesta quinta-feira um pedido para que seu cliente cumpra prisão domiciliar usando bracelete eletrônico de controle de movimentos o tempo todo.

O político e economista francês, detido no sábado no aeroporto nova-iorquino John F. Kennedy quando já estava dentro do avião com destino à Europa, concordou em entregar o passaporte e os documentos da viagem para que as autoridades tenham a certeza de que não vai deixar o país.

Desta vez, diferente do que ocorreu na segunda-feira, o pedido da defesa para conseguir sua liberdade com o pagamento de fiança inclui inúmeros aspectos. No início da semana, uma juíza nova-iorquina negou o pedido após a apresentação das acusações por sete delitos de abuso sexual e tentativa de estupro contra uma camareira de um hotel nova-iorquino, onde estava hospedado na semana passada.

Por esses crimes, o político francês, que figurava como candidato socialista às próximas eleições presidenciais francesas, pode ser condenado a vários anos de prisão em Nova York, já que os delitos envolvem penas que vão de três a 25 anos de prisão.

A rede "CNN" informou que este novo pedido ocorre depois que os advogados de Strauss-Kahn costurassem um acordo com as autoridades americanas para que o político deixe a prisão de Rikers Island "o mais rápido possível", onde está detido desde segunda-feira.

Nos documentos entregues à Corte em que a defesa pede a audiência desta quinta-feira, os defensores de Strauss-Kahn definem seu cliente como "marido e pai carinhoso, diplomata, advogado, político, economista e professor altamente respeitado internacionalmente e sem histórico delitivo prévio".

Strauss-Kahn renunciou na quarta-feira à noite ao cargo de diretor-gerente do FMI por meio de uma carta dirigida à direção do organismo, na qual negou com a mais absoluta firmeza todas as acusações feitas contra ele, segundo o texto da carta divulgado na noite passada.

Com base na nota, Strauss-Kahn tomou essa decisão com grande tristeza e pensando, em primeiro lugar, em sua esposa, - "quem eu amo mais que tudo", diz - seus filhos, sua família e seus amigos.

Lembra ainda os colegas do FMI: "conquistamos grandes objetivos nos últimos três anos e pouco", afirmou, ao reforçar que tomava essa decisão para proteger o organismo "ao qual serviu com honra e devoção" e "especialmente, porque quero dedicar toda minha força, meu tempo e energia para provar minha inocência".

Jeffrey Shapiro, o advogado da suposta vítima do político francês - uma imigrante africana de origem guineana de 32 anos, muçulmana, viúva e mãe de uma adolescente -, afirmou na quinta-feira que "a ideia de que o suposto agressor esteja na rua" provoca "uma profunda preocupação" em sua cliente.

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