O novo primeiro-ministro britânico, o trabalhista Keir Starmer, fez neste domingo (7) sua primeira viagem oficial, com uma visita à Escócia, em busca de um "reinício imediato" das relações dentro do Reino Unido.
Starmer afirmou que sua visita tem como objetivo "estabelecer o quadro no qual podemos trabalhar melhor e com mais respeito para a Escócia".
"E isso começa hoje com o reinício imediato da abordagem do meu governo, porque uma cooperação significativa centrada no respeito será fundamental para promover mudanças em todo o nosso Reino Unido", acrescentou.
Starmer se reuniu no final da tarde em Edimburgo com seu contraparte escocês, John Swinney, do Partido Nacional Escocês (SNP, pró-independência), que substituiu Humza Yousaf no cargo em maio.
"Compartilhamos da ideia de que podemos trabalhar juntos de maneira construtiva. Discutimos questões de economia, energia", disse Starmer após a reunião, acrescentando que "agir pela Escócia é a prioridade número um" de ambos os governos.
Swinney, por sua vez, indicou que os dois conversaram sobre áreas de interesse mútuo. "Acredito que existe uma oportunidade para um trabalho colaborativo que pode fazer a diferença na vida das pessoas", declarou.
"Estou confiante de que estabelecemos as bases para um relacionamento produtivo entre nossos dois governos, baseado em um respeito renovado", concluiu.
O SNP ruiu nas eleições legislativas, retendo apenas nove deputados, em comparação aos 48 assentos obtidos nas eleições de 2019.
Se há cinco anos o partido obteve 1,2 milhão de votos, na última quinta-feira recebeu pouco mais de 700 mil.
Swinney lamentou um resultado eleitoral "muito, muito difícil e prejudicial" para o seu partido.
Este declínio acentuado em sua presença na Câmara dos Comuns é atribuído por alguns analistas ao voto útil, com muitos de seus eleitores optando pelo Partido Trabalhista, para pôr fim aos 14 anos de poder conservador.
Uma forma de trabalhar "diferente"
No sábado, em uma coletiva de imprensa, o novo primeiro-ministro britânico afirmou que quer "definir uma forma de trabalhar em todo o Reino Unido que seja diferente e melhor do que no passado e reconhecer as contribuições das nossas quatro nações".
A ex-primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, no cargo até fevereiro de 2023, havia criticado a falta de comunicação do então chefe do executivo conservador, Boris Johnson, durante a pandemia de covid-19, e lamentou que sua sucessora, Liz Truss, também não tenha se comunicado com ela no início de seu mandato.
No sistema político britânico, os governos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm jurisdição sobre algumas áreas, como a educação, a saúde e o meio ambiente, enquanto o Executivo britânico, com sede em Londres, retém, entre outros, os poderes de defesa e política externa.
O governo trabalhista de Tony Blair (1997-2007) foi o idealizador deste sistema, mas durante o mandato dos conservadores, entre 2010 e 2024, os governos locais disseram terem sido marginalizados com frequência.
Depois da Escócia, Starmer visitará o País de Gales, governado pelo trabalhista Vaughan Gething, e a Irlanda do Norte, onde a primeira-ministra é a republicana do Sinn Féin, Michelle O'Neill.
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De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita
(De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita)
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Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições
(Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições)
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Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981
(Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981)
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As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta
(As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta)
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Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita
(Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita)
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Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa
(Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa)
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Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França
(Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França)
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A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda
(A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda)
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Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez
(Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez. (Foto de MOHAMMED BADRA / POOL / AFP))
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O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024
(O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024)