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Starmer alerta que é importante não baixar a guarda contra a extrema-direita no Reino Unido

Mais de 400 pessoas foram presas na última semana devido aos tumultos, que começaram em 30 de julho após o assassinato a facadas de três meninas em um centro recreativo em Southport

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, faz um discurso durante uma coletiva de imprensa pelos confrontos após o esfaqueamento em Southport, no número 10 de Downing Street, no centro de Londres, em 1º de agosto de 2024 (AFP)

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, faz um discurso durante uma coletiva de imprensa pelos confrontos após o esfaqueamento em Southport, no número 10 de Downing Street, no centro de Londres, em 1º de agosto de 2024 (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 10h10.

Última atualização em 8 de agosto de 2024 às 10h16.

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse nesta quinta-feira, 7, que presidirá mais uma vez uma nova reunião do comitê de emergência por considerar importante não baixar a guarda apesar de não ter havido distúrbios nos protestos programados ontem à noite pela extrema-direita em várias cidades e vilas da Inglaterra.

O líder trabalhista informou os meios de comunicação social sobre a reunião do chamado comitê ‘Cobra’, no qual participaram alguns ministros e representantes das forças de ordem, quando visitou uma mesquita na cidade de Solihull, no centro da Inglaterra.

"Agora é importante que não desistamos aqui e é por isso que ainda hoje terei outra reunião 'Cobra' com as forças de ordem, com agentes superiores da polícia, para garantir que refletimos sobre (o que aconteceu) ontem à noite, mas também planejamos para os próximos dias", disse o chefe do governo.

Com bandeiras, cartazes e cantos, milhares de pessoas se reuniram ontem à noite em áreas comerciais de diferentes cidades para denunciar o racismo e a islamofobia, no meio de um forte dispositivo de segurança para evitar mais violência.

O premiê acrescentou que os acontecimentos da noite passada resultaram "muito melhores do que o esperado", após os protestos anti-imigração planejados não se terem concretizado.

“É muito importante que eu continue as minhas conversas, em coordenação com as forças de ordem, com os líderes policiais, para garantir que temos os agentes certos no lugar certo, para continuar pressionando a resposta da Justiça” aos manifestantes da última semana.

"Estava muito interessado em que pudéssemos mostrar que se você estiver envolvido em desordem, dentro de alguns dias estará no sistema de justiça criminal e algumas pessoas começarão a receber longas sentenças de prisão. Isso deve continuar", acrescentou.

Starmer destacou que se constatou que muitos responsáveis pelo vandalismo foram presos e alguns rapidamente acusados e condenados a penas de prisão.

“Volto a dizer: qualquer pessoa que se envolva em distúrbios, seja qual for a razão que apresente, sentirá todo o peso da lei. É importante, repito, porque temos de garantir que nos próximos dias poderemos dar tranquilidade necessária às nossas comunidades, muitas das quais - falei com alguns esta manhã - estão muito preocupadas com a situação", acrescentou.

Mais de 400 pessoas foram presas na última semana devido aos tumultos, que começaram em 30 de julho após o assassinato a facadas de três meninas em um centro recreativo em Southport, no noroeste da Inglaterra, por um garoto de 17 anos - Axel Rudakubana, nascido no País de Gales, filho de pais ruandeses.

Os grupos de extrema-direita – que durante os tumultos atiraram garrafas e pedras contra a polícia e incendiaram veículos e latas de lixo – reagiram depois de circularem nas redes sociais dados errados de que o adolescente era requerente de asilo.

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