SP terá que universalizar coleta seletiva
Juiz determina que prefeitura de São Paulo tem um ano para universalizar serviço de coleta seletiva
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - A prefeitura de São Paulo tem o prazo de um ano para universalizar a coleta seletiva de lixo no município, segundo determinação do juiz Luiz Fernando de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital. A decisão é resultado de uma ação movida pela Defensoria Pública motivada pelas organizações da sociedade civil.
Entre as entidades está o Instituto Gea, uma organização da sociedade civil de interesse público. Segundo a coordenadora de projetos do instituto, Araci Musolino, o envolvimento do Poder Público é fundamental para a implementação de um programa de reciclagem de lixo na cidade. "O programa de reciclagem não vai conseguir se universalizar se não fizer parte de uma política pública", defendeu.
Segundo a prefeitura, a capital paulista coletou, por meio do programa de coleta seletiva, cerca de 103 toneladas por dia em 2009, 7% do resíduos passíveis de reciclagem. A quantidade é considerada pequena por Araci Musolino, que citou a cidade de Londrina (PR), onde são aproveitados 25% dos materiais que podem ser reciclados.
O sucesso do projeto da cidade paraense está, segundo ela, na gestão descentralizada, integrada e em parceria com as cooperativas de catadores. "A questão toda é o modelo que foi implantado. As cooperativas assumem as regiões da cidade. E a prefeitura dá a infraestrutura para fazer a conscientização da comunidade".
Musolino ressalta que devido as particularidades da capital paulista, não se pode simplesmente copiar um modelo adotado em outro lugar, mas é possível aproveitar as ideias e as diretrizes para construir um programa amplo e específico o município de São Paulo.