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Soldado preso por estupro no Iraque teria se suicidado

Os guardas encontraram Steven, de 28 anos, inconsciente em sua cela na última quinta

Iraquianos protestam em 2009 após a condenação do soldado americano Steven Dale Green pelo estupro e morte de uma adolescente iraquiana
 (Ali al-Saadi/AFP)

Iraquianos protestam em 2009 após a condenação do soldado americano Steven Dale Green pelo estupro e morte de uma adolescente iraquiana (Ali al-Saadi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 07h03.

Los Angeles - O ex-soldado americano Steven Dale Green, preso por estuprar uma adolescente iraquiana em 2006 e executá-la junto com a família, foi encontrado morto em uma prisão americana, informou um porta-voz penitenciário nesta terça-feira.

Os guardas encontraram Steven, de 28 anos, inconsciente em sua cela na última quinta. Ele faleceu no sábado, em Tucson, no estado do Arizona, confirmou o porta-voz do Escritório Federal de Prisões, John Stahley, acrescentando que "até o momento não há suspeitas de causas criminais".

"O pessoal pediu ajuda imediatamente, e foram iniciadas as medidas de primeiros socorros. O detento Green foi transportado para um centro médico local para dar continuidade aos tratamentos médicos. Apesar disso, morreu (no sábado)", afirmou Stahley, em um comunicado.

"O FBI (a Polícia Federal americana) foi notificado, e o incidente está sendo investigado como um aparente suicídio", completou o porta-voz.

Green foi condenado em 2009 por um dos mais horríveis crimes já cometidos pelas tropas americanas no Iraque.

O militar foi considerado culpado em maio desse ano por 17 acusações, que incluíam estupro, assassinato premeditado e obstrução da Justiça. Outros três soldados que participaram da atrocidade foram condenados à prisão perpétua.

O militar foi acusado de ser o líder do estupro coletivo de uma adolescente iraquiana de 14 anos, em Mahmudiyah, uma pequena comunidade rural ao sul de Bagdá, e de matá-la. Também foram mortos seu pai, a mãe e a irmã de seis anos.

Depois de sua condenação, familiares e moradores desse povoado de cerca de 50 mil habitantes pediram que ele recebesse a pena de morte.

Os advogados da defesa argumentaram que o estresse do combate, após a invasão ao país, em 2003, liderada pelos Estados Unidos, levou seu cliente a cometer esses crimes.

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