Mundo

Soldado espanhol morre no sul do Líbano

O militar espanhol é o cabo Francisco Javier Soria, de 36 anos, casado e sem filhos, e que fazia parte da Brigada "Guzmán el Bom" X de Córdoba

Pacificados espanhóis da ONU patrulham: fontes não explicaram as circunstâncias da morte de militar (Aziz Taher/Reuters)

Pacificados espanhóis da ONU patrulham: fontes não explicaram as circunstâncias da morte de militar (Aziz Taher/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h42.

Beirute - Um militar espanhol que fazia parte das Forças da ONU para o Líbano (Finul) morreu nesta quarta-feira no sul do país, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas espanholas.

As fontes não explicaram as circunstâncias da morte, apesar da Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa ter afirmado, previamente, que nessa zona, fronteiriça com Israel, caíram vários foguetes israelenses.

O militar espanhol é o cabo Francisco Javier Soria, de 36 anos, casado e sem filhos, e que fazia parte da Brigada "Guzmán el Bom" X de Córdoba, segundo o Ministério espanhol de Defesa.

O porta-voz da Finul, Andrea Tenenti, citado pela ANN, confirmou hoje que um membro da missão foi morto e que atualmente o incidente está sendo investigado.

Além disso, a agência informou que a aviação de Israel está sobrevoando o sul do Líbano de forma "intensa" e que continuaram os bombardeios israelenses esporadicamente perto das aldeias de Al Uazani e Al Gayar.

A ANN explicou que um "capacete azul" espanhol ficou ferido como consequência de um bombardeio israelense contra a zona de Abassiya e que posteriormente perdeu a vida devido à gravidade dos ferimentos.

Israel atacou hoje as imediações das zonas de Al Mayedia, Kfar Shuba, Al Abassiya e Al Uazani, localizadas no sul do território libanês, considerado reduto do grupo xiita Hezbollah.

Por sua vez, o exército israelense informou hoje que um comboio militar foi atacado desde território libanês nas fazendas de Chebaa, ocupadas por Israel, um ato reivindicado pelo Hezbollah.

A tensão aumentou na zona depois que em 18 de janeiro seis membros do grupo xiita Hezbollah e um comandante iraniano dos Guardiães da Revolução morreram após um ataque israelense na província de Quneitra, vizinha de as Colinas de Golã, ocupados por Israel em 1967.

Ontem, Israel disse que seu exército abriu fogo de artilharia contra posições no lado sírio das Colinas de Golã, depois do lançamento de dois foguetes desde esse território que caíram em áreas desabitadas.

O chefe da Finul, general Luciano Portolano, ressaltou ontem a necessidade de respeitar a resolução 1701 da ONU (que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006) para manter a segurança e estabilidade.

Os militares espanhois da Finul, que atualmente formam um contingente de 580 soldados, mantêm o controle do setor leste do sul do Líbano desde a guerra de 2006, que se saldou com 1,5 mil mortos do lado libanês, em sua maioria civis, e uns 164 do israelense, principalmente membros das forças armadas.

Acompanhe tudo sobre:LíbanoMortesONU

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano