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Sobreviventes visitam local da tragédia da Chapecoense

Ao lado dos jogadores Alan Ruschel e Helio Neto, e do jornalista Rafael Henzel, o goleiro Follmann subiu o Cerro Gordo, agora chamado de Cerro Chapecoense

Acidente da Chapecoense: no local, os sobreviventes encontraram socorristas, moradores e torcedores do Nacional e da Chapecoense (Joaquin Sarmiento/AFP)

Acidente da Chapecoense: no local, os sobreviventes encontraram socorristas, moradores e torcedores do Nacional e da Chapecoense (Joaquin Sarmiento/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de maio de 2017 às 10h48.

Os quatro brasileiros que sobreviveram à queda do avião com a equipe da Chapecoense voltaram nesta terça-feira ao local do acidente, no noroeste da Colômbia, para recordar a tragédia que deixou 71 mortos.

"Precisava chegar até aqui para ver o que aconteceu (...). Sabia que tinha sido difícil (sobreviver), mas não tão difícil. Foi um milagre de Deus", disse à imprensa o goleiro Jackson Follmann, que perdeu parte da perna direita no acidente na noite de 28 de novembro de 2016.

Ao lado dos jogadores Alan Ruschel e Helio Neto, e do jornalista Rafael Henzel, Follmann subiu o Cerro Gordo, agora chamado de Cerro Chapecoense, onde caiu o avião da empresa aérea boliviana LaMia que transportava para Medellín a equipe que disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

A causa do acidente foi a falta de combustível, a chamada pane seca.

Dois membros da tripulação do avião também sobreviveram ao acidente.

Em meio a um clima similar ao da noite da tragédia: chuva, frio e neblina, Follmann foi auxiliado a caminhar por membros da Cruz Vermelha Colombiana.

No local, os sobreviventes encontraram socorristas, moradores e torcedores do Nacional e da Chapecoense, com os quais observaram um minuto de silêncio.

"Tenho duas datas de nascimento: 25 de agosto, no Brasil, e 28 de novembro, aqui na Colômbia, porque nascemos de novo, não há outra explicação", disse Henzel à AFP.

Pela manhã, os sobreviventes visitaram o hospital San Vicente Fundación, em Medellin, para agradecer a equipe médica que os atendeu.

"Há um sentimento muito bom, queremos agradecer a todos os que nos ajudaram, não há o que dizer, apenas um abraço já diz muito", declarou Ruschel.

Esta noite, o grupo foi à Praça de La Unión, em Medellin, para receber a homenagem de centenas de pessoas e rezar pelos mortos na tragédia.

Familiares das vítimas e os sobreviventes receberam objetos encontrados no local da tragédia.

A Chapecoense enfrentará nesta quarta-feira o Atlético Nacional, em jogo de volta pela Recopa Sul-Americana, no estádio Atanasio Girardot. A equipe brasileira venceu o jogo de ida por 2 a 1.

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