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Sobe para 41 o total de vítimas fatais nos protestos na Venezuela

Onda de protestos ocorrem desde 1º de abril e manifestantes exigem a saída de Nicolás Maduro do poder e rejeitam a convocação de uma Assembleia Constituinte

Venezuela: onda de protestos já matou 41 pessoas no país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: onda de protestos já matou 41 pessoas no país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de maio de 2017 às 14h58.

Dois manifestantes de 17 e 33 anos morreram depois de terem sido feridos com tiros em protestos contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, o que eleva a 41 o número de vítimas fatais em seis semanas de manifestações, anunciou o Ministério Público.

O mais jovem, que não teve a identidade divulgada, faleceu durante a madrugada em um hospital público, para onde foi levado na segunda-feira depois de ser atingido por um tiro na cabeça.

Pouco depois, o MP informou que outra vítima, identificada como Diego Hernández, "morreu ontem (segunda-feira) após receber um tiro durante uma manifestação" em Capacho, Táchira (na fronteira com a Colômbia), pelo qual "um policial regional foi detido".

Já a vítima de 17 anos foi atingida "durante uma manifestação" no município de Pedraza (estado de Barinas, oeste do país), informou o MP, que investiga o caso em conjunto com a polícia judicial (CICPC).

De acordo com informações preliminares, o jovem estava perto do local em que acontecia um protesto, quando repentinamente chegou um grupo de pessoas que efetuou vários disparos, ferindo o jovem na região cranioencefálica.

Na segunda-feira foram registrados distúrbios violentos em vários estados do país, como parte de um plantão nacional convocado pela coalizão de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Dois policiais e um civil foram feridos a tiros na cidade de Valencia (norte) e na localidade de Colón (Táchira) durante confrontos, de acordo com autoridades regionais e dirigentes opositores.

Maduro enfrenta uma onda de protestos desde 1º de abril, que exigem sua saída do poder com eleições gerais, e rejeitam a convocação de uma Assembleia Constituinte.

O presidente socialista acusa seus adversários de querer "incendiar" o país para derrubá-lo e propiciar uma intervenção dos Estados Unidos, país que acusa de financiar as manifestações.

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