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Sobe para 13 o número de milicianos líbios mortos em Sirte

Os veículos explodiram perto de um posto de gasolina na estrada que cruza o litoral, no bairro de Ajaj, uma área que está sob controle das milícias líbias


	Carros bomba: cerca de 400 combatentes líbios morreram nos dois meses de combate
 (Ismail Zitouny/Reuters)

Carros bomba: cerca de 400 combatentes líbios morreram nos dois meses de combate (Ismail Zitouny/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 09h00.

Sirte - A explosão de dois carros-bomba na cidade de Sirte, na Líbia, causou a morte de 13 soldados da aliança de milícias ligadas ao governo de unidade apoiado pela ONU, enquanto 55 pessoas ficaram feridas, informaram nesta sexta-feira à Agência Efe fontes médicas no hospital civil da cidade.

Os veículos explodiram durante a tarde de quinta-feira, perto de um posto de gasolina na estrada que cruza o litoral, no bairro de Ajaj, próximo ao cruzamento de Al Zafran, uma área do norte desta estratégica cidade portuária que está sob controle das milícias líbias há um mês.

Forças desta aliança de milícias leal ao governo de unidade líbio - que foi formado pela ONU o março - conseguiram romper há uma semana a resistência jihadista e ampliar seu controle sobre o centro urbano de Sirte, que o braço líbio do grupo Estado Islâmico tinha em seu poder desde fevereiro de 2015.

O grosso dos combates está sendo travado no denominado "eixo indiano", uma área estratégica de casas baixas e becos estreitos, situada no entorno do Centro de Conferências Ouagadougou e da sede da emissora de rádio local, que foi tomada dos jihadistas durante os bombardeios do fim de semana.

Assentados na cidade onde nasceu o falecido ditador líbio Muammar Kadafi, os jihadistas tentaram capturar os portos petrolíferos de Sidra e Ras Lanuf, os mais importantes do país e próximos a Sirte.

Devido a essa ameaça, milícias de Trípoli, da cidade de Misrata e correligionários do senhor da guerra e líder da Força de Defesa das Instalações Petrolíferas, Ismail Jidhram, se uniram em junho ao chamado governo de unidade designado pela ONU para expulsar os extremistas do porto mediterrâneo.

No entanto, após quase um mês e meio de cerco infrutífero, o governo presidido por Mohamad Fayez al Serraj se viu obrigado a solicitar o apoio aéreo dos Estados Unidos, que vêm realizando bombardeios constantes na cidade desde 1º de agosto.

A intervenção estrangeira foi fundamental para o avanço das milícias rumo ao "eixo indiano" e aos distritos 1, 2 e 3, no centro da cidade, onde agora a bandeira líbia substitui o pavilhão negro jihadista.

Segundo explicou à Efe Reda Issa, porta-voz do centro de operações da aliança em Misrata, cerca de 400 combatentes líbios morreram nos dois meses de combate e por volta de mil sofreram todo tipo de ferimentos. 

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