Sobe para 12 o número de mortes nos EUA por cigarros eletrônicos
Maioria dos pacientes comunicaram um histórico de uso de produtos de cigarros eletrônicos com THC, o principal composto da maconha
AFP
Publicado em 27 de setembro de 2019 às 06h47.
Última atualização em 27 de setembro de 2019 às 06h48.
São Paulo — Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 805 foram diagnosticadas com doenças pulmonares associadas ao uso do cigarro eletrônico nos Estados Unidos , informaram nesta quinta-feira (26) as autoridades da área de saúde.
O número atualizado foi relatado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que indicavam que a substância específica que causa as doenças ainda não foi identificada.
Contudo, a maioria dos pacientes comunicaram um histórico de uso de produtos de cigarros eletrônicos com THC, o principal composto psicoativo presente na cannabis.
O número de mortes foi registrado em dez estados americanos, enquanto os 805 casos de doenças pulmonares ocorreram em 46 unidades da federação e nas Ilhas Virgens americanas.
Os cigarros eletrônicos estão no centro dos debates sobre saúde e até na mira do governo Trump.
Os executivos da indústria do tabaco estão tentando evitar a proibição absoluta de um produto que foi considerado como o futuro desse setor.
Nas últimas três semanas, o governo da Índia e o estado americano de Massachusetts proibiram a venda dos cigarros eletrônicos. Outros dois estados, Nova York e Michigan, proibiram as recargas aromatizadas para cigarros eletrônicos.
Já o governo de Donald Trump quer proibir a partir de outubro todos os produtos, exceto os feitos apenas com tabaco.
O cigarro eletrônico contém um líquido que, quando aquecido, gera vapor a ser inalado.
Cerca de 3,6 milhões de estudantes do ensino médio usaram esse tipo de produto nos Estados Unidos em 2018; um aumento de 1,5 milhão em relação ao ano anterior.