Snowden trabalhou em terceirizada da CIA para obter provas
"Minha posição na Booz Allen me garantia acesso às listas dos computadores que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionava no mundo todo", afirmou em entrevista o ex-técnico
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 17h12.
Hong Kong - O ex-técnico da CIA Edward Snowden procurou trabalho na Booz Allen, uma empresa terceirizada da Agência de Inteligência americana (CIA), com o "único propósito" de conseguir provas das atividades de espionagem dos Estados Unidos, afirmou o jornal de Hong Kong "South China Morning Post" (SCMP).
"Minha posição na Booz Allen me garantia acesso às listas dos computadores que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionava no mundo todo", garantiu Snowden em entrevista no dia 12 de junho para o "SCMP", que somente revelou tais declarações do americano na sua edição de hoje.
"Por isso aceitei o posto (na Booz) há três meses", acrescentou.
A revelação do jornal, que não especificou por que publicou essa informação somente hoje, aconteceu dois dias depois que Snowden deixou a ex-colônia britânica e foi para Moscou.
Seu paradeiro ainda é uma dúvida, já que o voo entre Moscou e Havana, no qual se esperava que tivesse embarcado, aterrissou na capital cubana sem nenhum sinal do ex-técnico da CIA.
O "SCMP" afirmou que o americano se dirige ao Equador para pedir asilo político com a ajuda do Wikileaks, que teria facilitado a viagem para o país sul-americano.
Snowden assegurou na entrevista ao jornal de Hong Kong que não revelou antes os dados "porque não queria desperdiçar enormes quantidades de documentos sem observar seu conteúdo".
"Tenho que analisar tudo antes divulgá-los aos jornalistas".
Em primeiro lugar, o especialista em informática entrou em contato com a diretora de documentários Laura Poitras em janeiro. Mas foi no mês passado que Snowden se reuniu com ela e outros dois jornalistas do "The Guardian" e "The Washington Post" em um hotel de Hong Kong.
As primeiras publicações coincidiram com o encontro na Califórnia entre o presidente da China, Xi Jinping, e seu colega americano, Barack Obama.
Vários analistas consideraram então que as revelações de Snowden diminuíram a autoridade dos EUA na hora de repreender à China por suas supostas atividades de ciberespionagem contra alvos americanos, como tinham garantido várias fontes, entre elas o Pentágono.
Na mesma entrevista ao "SCMP", mas na parte publicada no dia 12 de junho, Snowden garantiu que os "EUA estão espionando China e Hong Kong há anos".
O americano também afirmou ao jornal de Hong Kong que planeja divulgar mais documentos no futuro "se tiver tempo de analisar as informações".
"Eu gostaria de torná-las acessíveis aos jornalistas de cada país para que eles possam julgar se as operações dos EUA contra as suas populações deveriam ser publicadas".
Hong Kong - O ex-técnico da CIA Edward Snowden procurou trabalho na Booz Allen, uma empresa terceirizada da Agência de Inteligência americana (CIA), com o "único propósito" de conseguir provas das atividades de espionagem dos Estados Unidos, afirmou o jornal de Hong Kong "South China Morning Post" (SCMP).
"Minha posição na Booz Allen me garantia acesso às listas dos computadores que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionava no mundo todo", garantiu Snowden em entrevista no dia 12 de junho para o "SCMP", que somente revelou tais declarações do americano na sua edição de hoje.
"Por isso aceitei o posto (na Booz) há três meses", acrescentou.
A revelação do jornal, que não especificou por que publicou essa informação somente hoje, aconteceu dois dias depois que Snowden deixou a ex-colônia britânica e foi para Moscou.
Seu paradeiro ainda é uma dúvida, já que o voo entre Moscou e Havana, no qual se esperava que tivesse embarcado, aterrissou na capital cubana sem nenhum sinal do ex-técnico da CIA.
O "SCMP" afirmou que o americano se dirige ao Equador para pedir asilo político com a ajuda do Wikileaks, que teria facilitado a viagem para o país sul-americano.
Snowden assegurou na entrevista ao jornal de Hong Kong que não revelou antes os dados "porque não queria desperdiçar enormes quantidades de documentos sem observar seu conteúdo".
"Tenho que analisar tudo antes divulgá-los aos jornalistas".
Em primeiro lugar, o especialista em informática entrou em contato com a diretora de documentários Laura Poitras em janeiro. Mas foi no mês passado que Snowden se reuniu com ela e outros dois jornalistas do "The Guardian" e "The Washington Post" em um hotel de Hong Kong.
As primeiras publicações coincidiram com o encontro na Califórnia entre o presidente da China, Xi Jinping, e seu colega americano, Barack Obama.
Vários analistas consideraram então que as revelações de Snowden diminuíram a autoridade dos EUA na hora de repreender à China por suas supostas atividades de ciberespionagem contra alvos americanos, como tinham garantido várias fontes, entre elas o Pentágono.
Na mesma entrevista ao "SCMP", mas na parte publicada no dia 12 de junho, Snowden garantiu que os "EUA estão espionando China e Hong Kong há anos".
O americano também afirmou ao jornal de Hong Kong que planeja divulgar mais documentos no futuro "se tiver tempo de analisar as informações".
"Eu gostaria de torná-las acessíveis aos jornalistas de cada país para que eles possam julgar se as operações dos EUA contra as suas populações deveriam ser publicadas".