Situação em Madaya é um "desastre", adverte Cruz Vermelha
Em declarações, porta-voz da Cruz Vermelha, que finalmente pôde entrar ontem em Madaya, afirmou que "parte o coração ver como estão as pessoas ali"
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 10h01.
Beirute - A situação na cidade síria de Madaya, onde ontem entrou um comboio humanitário para socorrer a população, de mais de 40 mil pessoas em risco de morrer de fome , é um "desastre", advertiu nesta terça-feira o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) Pawel Krzysiek.
Em declarações à Agência Efe, Krzysiek, que finalmente ontem pôde entrar em Madaya, afirmou que "parte o coração ver como estão as pessoas ali".
"A situação é muito complicada e as condições são difíceis, não há nem comida nem remédios para nem tentar tratar de forma adequada os doentes", explicou.
Krzysiek acrescentou que quando estavam revisando as listas com os nomes das famílias para distribuir comida, remédios, cobertores e outros produtos básicos, moradores se aproximaram preguntando se tinham algum alimento que pudessem dar imediatamente, porque não podiam agüentar mais.
Quanto às condições médicas, "há pessoas com necessidade urgente de tratamento", indicou o porta-voz humanitário.
"Há muitos pacientes e além disso não há equipamentos adequados para curá-los", explicou Krzysiek, que ressaltou que não há nenhum hospital em Madaya, apenas um dispensário médico com camas insuficientes para alojar a todos os doentes, por isso / pelo que alguns jazem no solo.
Ele acrescentou que a distribuição de ajuda, que começou ontem, acabou nas últimas horas e que agora esperam para poder voltar a entrar com mais assistência nos próximos dias.
Krzysiek lembrou que Madaya "não é uma exceção", já que existem outras áreas assediadas no país como Fua e Kefraya, Deir ez Zor e algumas partes de Aleppo.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou hoje que pelo menos 300 pessoas foram retiradas de Madaya, informação que não foi confirmada pelo CICV.
"Nós ontem nos encarregamos só de identificar os casos que precisam de ser evacuados", apontou.
Nas últimas horas, o chefe humanitário das Nações Unidas, Stephen O'Brien, advertiu após uma reunião do Conselho de Segurança que centenas de pessoas deveriam ser retiradas imediatamente de Madaya para receber atendimento médico pelo risco de podem morrer.
Madaya, que fica ao noroeste de Damasco e perto da fronteira com o Líbano, sofre o cerco do regime e do grupo xiita Hezbollah desde julho.
Desde então, a ajuda pôde entrar algumas vezes, mas a partir de outubro o assédio se intensificou e o acesso da assistência à população se tornou impossível .
Segundo dados da Médicos sem Fronteiras (MSF), pelo menos 28 pessoas morreram de fome em Madaya desde 1º de dezembro no centro de saúde que conta com o suporte dessa ONG.
Na quinta-feira, o governo de Damasco autorizou os comboios humanitários a entrar em Madaya, e nas cidades de Fua e Kefraya, que ficam na província de Idlib, que sofrem com o cerco da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda no país árabe.
Beirute - A situação na cidade síria de Madaya, onde ontem entrou um comboio humanitário para socorrer a população, de mais de 40 mil pessoas em risco de morrer de fome , é um "desastre", advertiu nesta terça-feira o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) Pawel Krzysiek.
Em declarações à Agência Efe, Krzysiek, que finalmente ontem pôde entrar em Madaya, afirmou que "parte o coração ver como estão as pessoas ali".
"A situação é muito complicada e as condições são difíceis, não há nem comida nem remédios para nem tentar tratar de forma adequada os doentes", explicou.
Krzysiek acrescentou que quando estavam revisando as listas com os nomes das famílias para distribuir comida, remédios, cobertores e outros produtos básicos, moradores se aproximaram preguntando se tinham algum alimento que pudessem dar imediatamente, porque não podiam agüentar mais.
Quanto às condições médicas, "há pessoas com necessidade urgente de tratamento", indicou o porta-voz humanitário.
"Há muitos pacientes e além disso não há equipamentos adequados para curá-los", explicou Krzysiek, que ressaltou que não há nenhum hospital em Madaya, apenas um dispensário médico com camas insuficientes para alojar a todos os doentes, por isso / pelo que alguns jazem no solo.
Ele acrescentou que a distribuição de ajuda, que começou ontem, acabou nas últimas horas e que agora esperam para poder voltar a entrar com mais assistência nos próximos dias.
Krzysiek lembrou que Madaya "não é uma exceção", já que existem outras áreas assediadas no país como Fua e Kefraya, Deir ez Zor e algumas partes de Aleppo.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou hoje que pelo menos 300 pessoas foram retiradas de Madaya, informação que não foi confirmada pelo CICV.
"Nós ontem nos encarregamos só de identificar os casos que precisam de ser evacuados", apontou.
Nas últimas horas, o chefe humanitário das Nações Unidas, Stephen O'Brien, advertiu após uma reunião do Conselho de Segurança que centenas de pessoas deveriam ser retiradas imediatamente de Madaya para receber atendimento médico pelo risco de podem morrer.
Madaya, que fica ao noroeste de Damasco e perto da fronteira com o Líbano, sofre o cerco do regime e do grupo xiita Hezbollah desde julho.
Desde então, a ajuda pôde entrar algumas vezes, mas a partir de outubro o assédio se intensificou e o acesso da assistência à população se tornou impossível .
Segundo dados da Médicos sem Fronteiras (MSF), pelo menos 28 pessoas morreram de fome em Madaya desde 1º de dezembro no centro de saúde que conta com o suporte dessa ONG.
Na quinta-feira, o governo de Damasco autorizou os comboios humanitários a entrar em Madaya, e nas cidades de Fua e Kefraya, que ficam na província de Idlib, que sofrem com o cerco da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda no país árabe.