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Situação de Trump é preocupante, diz chefe de gabinete americano

A informação contraria as declarações do médico da Casa Branca

Trump: próximas 48 horas serão críticas em termos de seu atendimento,segundo Mark Meadows (Alex Brandon-Pool/Getty Images)

Trump: próximas 48 horas serão críticas em termos de seu atendimento,segundo Mark Meadows (Alex Brandon-Pool/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 3 de outubro de 2020 às 17h51.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse neste sábado, que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ainda não está em um caminho claro de recuperação do coronavírus e que alguns sinais vitais nas últimas 24 horas foram  "muito preocupantes". Segundo ele, as próximas 48 horas serão decisivas. 

"Os sinais vitais do presidente nas últimas 24 horas foram muito preocupantes, e as próximas 48 horas serão críticas em termos de seu atendimento. Nós ainda não estamos em um caminho claro para uma recuperação completa", disse Meadows, segundo informações publicadas pelo jornal  The New York Times. 

A informação foi divulgada neste sábado por agências de notícias, como a Reuters e AFP  e depois confirmada como Meadows por diversos veículos.

As declarações do chefe do gabinete americano contradizem as informações passadas pelo médico da Casa Branca. Hoje pela manhã, Sean Conley afirmou que Trump está “bem” e não apresentou febre nas últimas 24 horas, após o anúncio sobre o teste positivo para Covid-19 na sexta-feira.

“A equipe e eu estamos extremamente felizes com o progresso do presidente”, disse Conley em coletiva em frente ao hospital.

Durante entrevista coletiva para explicar o quadro do presidente, o médico da Casa Branca Sean Conley afirmou que Trump está "muito bem" e não necessita suporte de oxigênio. Ele, entretanto, não respondeu se o mandatário precisou da suplementação em algum momento. Questionado pelos jornalistas, Conley disse apenas que o republicano não tem dificuldade para respirar, mas evitou dar uma previsão de alta.

Histórico de pouco caso

Com raras exceções, desde o início da pandemia Trump vem fazendo pouco dos riscos apresentados pela Covid-19 – ao menos em público. Em fevereiro, ele afirmou que o coronavírus “desapareceria como que por milagre”.

Em março, disse que dava “nota 10” para a resposta de seu governo. Em abril, em uma de suas gafes mais memoráveis, ele sugeriu ingerir desinfetantes domésticos como uma possível cura. Na última quinta-feira, horas antes da notícia de seu diagnóstico, ele havia afirmado que o fim da pandemia estaria “à vista”.

Trump também transformou o uso de máscaras em um gesto político. Ele e muitos de seus apoiadores mais ferrenhos se recusam a cobrir o rosto mesmo quando estão em ambientes fechados.

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