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Sírios formam o maior grupo de refugiados, diz ONU

Mais de 3 milhões de sírios até meados de 2014 representam quase 1 de cada 4 dos 13 milhões de refugiados em todo o mundo

Mais de 3 milhões de sírios até meados de 2014 representam quase 1 de cada 4 dos 13 milhões de refugiados em todo o mundo (Bulent Kilic/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 09h48.

Genebra - Os sírios ultrapassaram os afegãos como a maior população de refugiados, depois dos palestinos, fugindo para mais de 100 países para escapar da guerra em sua terra natal, disse a Organização das Nações Unidas nesta quarta-feira.

Mais de 3 milhões de sírios até meados de 2014 representam quase 1 de cada 4 dos 13 milhões de refugiados em todo o mundo atendidos pela agência de refugiados da ONU , o Acnur, o contingente mais elevado desde 1996, disse a entidade em um relatório.

Cerca de 5 milhões de refugiados palestinos são atendidos por uma agência separada, a Unrwa.

"Enquanto a comunidade internacional continuar a fracassar na busca de soluções políticas para os conflitos existentes e em impedir o início de outros, vamos continuar a ter de lidar com as dramáticas consequências humanitárias", disse o alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, em um comunicado.

Pelo menos 200 mil pessoas morreram e metade da população síria foi deslocada de suas regiões desde que o conflito começou em março de 2011, com protestos que culminaram em uma guerra civil.

Estima-se que 5,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas durante os primeiros seis meses do ano passado em todo o mundo, 1,4 milhão delas fugindo para o exterior, segundo o Acnur.

O Oriente Médio e Norte da África se tornaram a principal região de origem dos refugiados, ultrapassando a região da Ásia e Pacífico, que se mantiveram no topo por mais de uma década.

Os refugiados afegãos, o maior grupo por três décadas, caíram para o segundo lugar, com 2,6 milhões no Paquistão e Irã em meados do ano. Os somalis são classificados como o terceiro maior grupo de refugiados, com 1,1 milhão.

Os vizinhos da Síria --Líbano, Iraque, Jordânia e Turquia-- continuam a arcar com o impacto da crise.

"Com 257 refugiados para cada 1.000 habitantes, o Líbano era ainda o país com a maior densidade de refugiados em meados de 2014", disse o Acnur, observando que a Jordânia ficou em segundo lugar.

A Suécia, com 12 refugiados por 1.000 habitantes, é o único país industrializado entre os grandes anfitriões, ocupando o 10º lugar.

Os sírios também formaram o maior grupo de requerentes de asilo em todo o mundo durante o primeiro semestre de 2014, com um total de 59.600 pedidos. De acordo com o Acnur, Alemanha e Suécia juntos receberam 40 por cento dessas solicitações.

Os iraquianos que fogem do conflito foram o segundo maior grupo de requerentes de asilo durante o período, com 28.900 pedidos, diz o relatório.

Dados do Acnur mostram que no ano passado cerca de 3.500 imigrantes morreram ao tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

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Genebra - Os sírios ultrapassaram os afegãos como a maior população de refugiados, depois dos palestinos, fugindo para mais de 100 países para escapar da guerra em sua terra natal, disse a Organização das Nações Unidas nesta quarta-feira.

Mais de 3 milhões de sírios até meados de 2014 representam quase 1 de cada 4 dos 13 milhões de refugiados em todo o mundo atendidos pela agência de refugiados da ONU , o Acnur, o contingente mais elevado desde 1996, disse a entidade em um relatório.

Cerca de 5 milhões de refugiados palestinos são atendidos por uma agência separada, a Unrwa.

"Enquanto a comunidade internacional continuar a fracassar na busca de soluções políticas para os conflitos existentes e em impedir o início de outros, vamos continuar a ter de lidar com as dramáticas consequências humanitárias", disse o alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, em um comunicado.

Pelo menos 200 mil pessoas morreram e metade da população síria foi deslocada de suas regiões desde que o conflito começou em março de 2011, com protestos que culminaram em uma guerra civil.

Estima-se que 5,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas durante os primeiros seis meses do ano passado em todo o mundo, 1,4 milhão delas fugindo para o exterior, segundo o Acnur.

O Oriente Médio e Norte da África se tornaram a principal região de origem dos refugiados, ultrapassando a região da Ásia e Pacífico, que se mantiveram no topo por mais de uma década.

Os refugiados afegãos, o maior grupo por três décadas, caíram para o segundo lugar, com 2,6 milhões no Paquistão e Irã em meados do ano. Os somalis são classificados como o terceiro maior grupo de refugiados, com 1,1 milhão.

Os vizinhos da Síria --Líbano, Iraque, Jordânia e Turquia-- continuam a arcar com o impacto da crise.

"Com 257 refugiados para cada 1.000 habitantes, o Líbano era ainda o país com a maior densidade de refugiados em meados de 2014", disse o Acnur, observando que a Jordânia ficou em segundo lugar.

A Suécia, com 12 refugiados por 1.000 habitantes, é o único país industrializado entre os grandes anfitriões, ocupando o 10º lugar.

Os sírios também formaram o maior grupo de requerentes de asilo em todo o mundo durante o primeiro semestre de 2014, com um total de 59.600 pedidos. De acordo com o Acnur, Alemanha e Suécia juntos receberam 40 por cento dessas solicitações.

Os iraquianos que fogem do conflito foram o segundo maior grupo de requerentes de asilo durante o período, com 28.900 pedidos, diz o relatório.

Dados do Acnur mostram que no ano passado cerca de 3.500 imigrantes morreram ao tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

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