Mundo

Sírio que levou rasteira de jornalista vai morar na Espanha

Miguel Galán, diretor do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Getafe, perto de Madri, soube pela imprensa que o refugiado era técnico de futebol


	Jornalista derruba refugiado na Hungria: o vídeo do migrante Osama Abdul Mohsen, em que ele aparece fugindo da polícia com seu filho Zaid nos braços e caindo no chão depois que uma repórter lhe deu uma rasteira, rodou o mundo em 9 de setembro
 (Reprodução/ Twitter)

Jornalista derruba refugiado na Hungria: o vídeo do migrante Osama Abdul Mohsen, em que ele aparece fugindo da polícia com seu filho Zaid nos braços e caindo no chão depois que uma repórter lhe deu uma rasteira, rodou o mundo em 9 de setembro (Reprodução/ Twitter)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 16h02.

O refugiado sírio que levou uma rasteira de uma jornalista húngara irá, no começo do mês que vem, morar na Espanha, onde vai trabalhar como treinador de futebol, anunciou nesta quarta-feira o diretor do curso de técnicos que lhe fez a oferta.

O vídeo do migrante Osama Abdul Mohsen, em que ele aparece fugindo da polícia com seu filho Zaid nos braços e caindo no chão depois que uma repórter lhe deu uma rasteira, rodou o mundo em 9 de setembro.

Miguel Ángel Galán, diretor do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Getafe, nos arredores de Madri, soube pela imprensa que o refugiado era técnico de futebol.

"Nós somos um centro de formação de treinadores de futebol, daí surgiu a ideia de ajudar um colega treinador", explicou, em entrevista à rádio Cadena Ser.

"Como havia o obstáculo do idioma, já que ele falava árabe, nosso aluno, Mohamed Labrouzi, se ofereceu para colaborar na tradução e depois ir à Alemanha" para buscá-lo, completou o diretor.

Osama Abdul Mohsen havia treinado o clube Al-Fotuwa de Deir-ez-Zor, da primeira divisão síria.

Segundo Mohamed Labrouzi, a previsão é que ele chegue a Getafe até a meia-noite, acompanhado por dois de seus filhos, e será recebido pelo prefeito da cidade.

"O mais importante é que terão uma casa, comida, roupas e um trabalho", afirmou Galán.

O diretor do centro afirmou que também quer ajudar a "trazer sua esposa, sua filha e seu outro filho" e conseguir asilo político para a família.

A Espanha se comprometeu a aceitar mais de 17 mil refugiados das centenas de milhares que chegaram à Europa vindos da Síria e de outros países em guerra.

Frente ao escândalo que sua atitude provocou, a jornalista húngara, Petra Laszlo, foi despedida pelo canal para o qual trabalhava.

Acompanhe tudo sobre:EspanhaEuropaPiigsRefugiadosSíria

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame