Síria vive seis meses de contestação, com opositores determinados
Rebeldes anunciaram a criação de um Conselho nacional que deve ajudar na derrubada de Bashar al-Assad
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 18h50.
Damasco - Os opositores sírios anunciaram nesta quinta-feira a composição de um "Conselho nacional", encarregado de coordenar a luta contra o regime, como parte de um movimento diário de contestação que está completando seis meses.
Reunidos em Istambul, apresentaram a lista dos 140 integrantes desse "Conselho nacional", criado para a defesa de três princípios: o prosseguimento da luta até a queda do regime de Bashar al-Assad, o recurso a meios pacíficos e a manutenção da integridade territorial da Síria.
"A primeira dessas proposições é o nosso compromisso em derrubar o regime", declarou Yaser Tabbara, um de seus expoentes, acrescentando que sua organização será fiel à "natureza pacífica da revolução" e à "unidade da Síria", rejeitando qualquer tipo de intervenção estrangeira.
Sessenta por cento dos membros do Conselho, que teve sua criação anunciada no dia 23 de agosto, vivem na Síria; os demais são dissidentes exilados, afirmou Abdulbasset Sida, um outro membro.
Um outro grupo da oposição, o "Conselho nacional de transição sírio", formado por comitês de coordenação da revolução, escolheu como presidente Burhan Ghalioun, diretor do Centro de Estudos árabes na Sorbonne, Paris.
Este professor de sociologia política informou não poder "recusar" esta "missão moral" confiada a ele, afirmando que sua "preocupação será fazer desta iniciativa o ponto de partida de uma verdadeira frente de oposição unificada", segundo uma entrevista concedida ao jornal francês Le Monde.
No terreno, os militantes permanecem determinados: fizeram um apelo a uma reunião, nesta sexta-feira, com o slogan "avançaremos até a queda do regime".
"Estamos massacrados e mais que nunca determinados. Somos atirados nas prisões, a torto e a direito. Mas a Revolução explodiu e não vai parar até que o regime seja derrubado", escreveram em sua página no Facebook "The Syrian Revolution".
"Uma nova geração nasceu na Síria durante os seis meses da Revolução, uma geração que se recusa a ser servil, de se ajoelhar ante as imagens do tirano", afirmaram os militantes que se manifestam contra o regime do Baath, o partido no poder há mais de meio século.
Desde o começo do movimento de contestação, em meados de março, a repressão fez mais de 2.600 mortos, segundo a ONU. Mais de 70.000 sírios foram interrogados durante este período e mais de 15.000 pessoas estão atualmente detidas, enquanto que milhares de outras estão sendo dadas como desaparecidas, segundo o OSDH, o Observatório sírio dos Direitos Humanos.
"As escolas e os campos de esporte foram"As escolas e os campos de esporte foram transformados em centros de detenção e de tortura", afirmou o presidente da OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Nesta quinta-feira, o presidente francês Nicolas Sarkozy, dedicou sua primeira visita à Líbia, desde a revolta que derrubou o líder Muamar Kadhafi, "a todos os que esperam" uma "Síria livre".
O Parlamento europeu pede a saída "imediata" do"As escolas e os campos de esporte foram transformados em centros de detenção e de tortura", afirmou o presidente da OSDH, Rami Abdel Rahmane. presidente Assad que, ao escolher a escalada do recurso à força" contra manifestantes perdeu sua legitimidade, informaram os deputados numa resolução.
Nesta quarta-feira, oito pessoas, entre elas uma criança, morreram em operações das forças de segurança através do país.
Em Zabadani e em Madaya, a 50 km de Damasco, o exército e a Segurança detiveram 126 pessoas desde terça-feira. Um jovem foi morto nesta quinta e cinco outros feridos, por tiros disparados pelas forças de segurança, segundo o Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Uma ampla operação militar prosseguia também, nesta quinta-feira, na região de Jabal al-Zaouia (nordoeste).
Em Homs (centro) dois jovens, entre eles um enfermeiro de 27 anos, não resistiram aos ferimentos recebidos há alguns dias.
"A prioridade, hoje, é levar segurança e estabilidade ao país e fazer avançar as reformas", declarou a assessora do presidente, Assad Chaabane, estimando que as pressões ocidentais sobre Damasco "fazem parte de planos visando a deixar desmoronar o mundo árabe".
Damasco - Os opositores sírios anunciaram nesta quinta-feira a composição de um "Conselho nacional", encarregado de coordenar a luta contra o regime, como parte de um movimento diário de contestação que está completando seis meses.
Reunidos em Istambul, apresentaram a lista dos 140 integrantes desse "Conselho nacional", criado para a defesa de três princípios: o prosseguimento da luta até a queda do regime de Bashar al-Assad, o recurso a meios pacíficos e a manutenção da integridade territorial da Síria.
"A primeira dessas proposições é o nosso compromisso em derrubar o regime", declarou Yaser Tabbara, um de seus expoentes, acrescentando que sua organização será fiel à "natureza pacífica da revolução" e à "unidade da Síria", rejeitando qualquer tipo de intervenção estrangeira.
Sessenta por cento dos membros do Conselho, que teve sua criação anunciada no dia 23 de agosto, vivem na Síria; os demais são dissidentes exilados, afirmou Abdulbasset Sida, um outro membro.
Um outro grupo da oposição, o "Conselho nacional de transição sírio", formado por comitês de coordenação da revolução, escolheu como presidente Burhan Ghalioun, diretor do Centro de Estudos árabes na Sorbonne, Paris.
Este professor de sociologia política informou não poder "recusar" esta "missão moral" confiada a ele, afirmando que sua "preocupação será fazer desta iniciativa o ponto de partida de uma verdadeira frente de oposição unificada", segundo uma entrevista concedida ao jornal francês Le Monde.
No terreno, os militantes permanecem determinados: fizeram um apelo a uma reunião, nesta sexta-feira, com o slogan "avançaremos até a queda do regime".
"Estamos massacrados e mais que nunca determinados. Somos atirados nas prisões, a torto e a direito. Mas a Revolução explodiu e não vai parar até que o regime seja derrubado", escreveram em sua página no Facebook "The Syrian Revolution".
"Uma nova geração nasceu na Síria durante os seis meses da Revolução, uma geração que se recusa a ser servil, de se ajoelhar ante as imagens do tirano", afirmaram os militantes que se manifestam contra o regime do Baath, o partido no poder há mais de meio século.
Desde o começo do movimento de contestação, em meados de março, a repressão fez mais de 2.600 mortos, segundo a ONU. Mais de 70.000 sírios foram interrogados durante este período e mais de 15.000 pessoas estão atualmente detidas, enquanto que milhares de outras estão sendo dadas como desaparecidas, segundo o OSDH, o Observatório sírio dos Direitos Humanos.
"As escolas e os campos de esporte foram"As escolas e os campos de esporte foram transformados em centros de detenção e de tortura", afirmou o presidente da OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Nesta quinta-feira, o presidente francês Nicolas Sarkozy, dedicou sua primeira visita à Líbia, desde a revolta que derrubou o líder Muamar Kadhafi, "a todos os que esperam" uma "Síria livre".
O Parlamento europeu pede a saída "imediata" do"As escolas e os campos de esporte foram transformados em centros de detenção e de tortura", afirmou o presidente da OSDH, Rami Abdel Rahmane. presidente Assad que, ao escolher a escalada do recurso à força" contra manifestantes perdeu sua legitimidade, informaram os deputados numa resolução.
Nesta quarta-feira, oito pessoas, entre elas uma criança, morreram em operações das forças de segurança através do país.
Em Zabadani e em Madaya, a 50 km de Damasco, o exército e a Segurança detiveram 126 pessoas desde terça-feira. Um jovem foi morto nesta quinta e cinco outros feridos, por tiros disparados pelas forças de segurança, segundo o Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Uma ampla operação militar prosseguia também, nesta quinta-feira, na região de Jabal al-Zaouia (nordoeste).
Em Homs (centro) dois jovens, entre eles um enfermeiro de 27 anos, não resistiram aos ferimentos recebidos há alguns dias.
"A prioridade, hoje, é levar segurança e estabilidade ao país e fazer avançar as reformas", declarou a assessora do presidente, Assad Chaabane, estimando que as pressões ocidentais sobre Damasco "fazem parte de planos visando a deixar desmoronar o mundo árabe".