Mundo

Síria prende líder opositor

Prisão aconteceu logo após uma entrevista de Mahmud Issa à Al Jazeera, em que comentava a morte do general Abdo Jodr al-Telawi

Protestos na Síria: regime acusa grupos armados criminosos de iniciarem violência (David Silverman/Getty Images)

Protestos na Síria: regime acusa grupos armados criminosos de iniciarem violência (David Silverman/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 09h04.

Damasco - O opositor sírio Mahmud Issa foi detido na terça-feira à noite em Homs, cidade do centro da Síria, poucas horas depois da suspensão do estado de emergência no país, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman.

"Uma patrulha dos serviços de segurança política prendeu na terça-feira em Homs o opositor Mahmud Issa depois que ele deu uma entrevista ao canal Al Jazeera", declarou Abdel Rhaman.

Na entrevista, o opositor citou a morte do general Abdo Jodr al-Telawi na região de Homs. Ele afirmou ignorar quem cometeu o assassinato e pediu uma investigação sobre o crime, segundo Abdel Rahman.

A agência oficial Sana e os jornais estatais afirmaram na terça-feira que "grupos de criminosos armados que bloqueiam as estradas e espalham o medo surpreenderam o general Abdo Jodr al-Telawi, seus dois filhos e um sobrinho, que foram assassinados a sangue frio em Homs".

Desde o início dos protestos em 15 de março na Síria, o regime acusa "grupos armados criminosos" de terem iniciado a violência.

Na segunda-feira, o ministério do Interior prometeu esmagar uma "rebelião armada de grupos salafistas".

Mahmud Issa é um ex-preso político que ficou detido de 1992 a 2000 por integrar o Partido do Trabalho (comunista, proibido). De 2006 a 2009 assinou artigos que pediam um Líbano soberano e independente.

Acompanhe tudo sobre:Oposição políticaPrisõesSíria

Mais de Mundo

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei

Trump ameaça retomar o controle do Canal do Panamá