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Síria está disposta a retirar tropas, diz chanceler russo

"O governo sírio está disposto a isso. É o que me disse o ministro (das Relações Exteriores sírio)", afirmou o chefe da diplomacia russa

Tropas sírias: O ministro russo explicou que agora falta a disposição da outra parte do conflito para avançarem com a retirada das tropas (Shaam News Network/AFP)

Tropas sírias: O ministro russo explicou que agora falta a disposição da outra parte do conflito para avançarem com a retirada das tropas (Shaam News Network/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h10.

São Petersburgo - O governo de Damasco está disposto a retirar suas tropas das cidades sírias simultaneamente com as da oposição armada, declarou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"O governo sírio está disposto a isso. É o que me disse o ministro (das Relações Exteriores sírio)", afirmou o chefe da diplomacia russa em declarações ao canal de televisão "Rossia 24", depois de se reunir em São Petersburgo com o ministro sírio, Walid Muallem.

O chanceler sírio foi até a antiga capital imperial russa, onde acontece o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, para reuniões com as autoridades do país.

Lavrov afirmou que a conferência internacional de paz sobre a Síria, a ser realizada em Moscou, "deve incluir como tema central a retirada simultânea, sob a supervisão de observadores internacionais, das tropas governamentais e da oposição armada das cidades e localidades".

O ministro russo, que se reuniu durante mais de duas horas com Muallem, explicou que agora falta a disposição da outra parte do conflito para avançarem com a retirada das tropas.

"Pedimos (às autoridades sírias) que transformem em fatos as declarações sobre sua disposição a cumprir o plano de Kofi Annan (enviado especial da ONU para a Síria). Já fizeram bastante, mas podem e devem fazer muito mais", disse.

O chanceler russo ainda afirmou que seu país, com seus parceiros ocidentais, além dos países do Golfo Pérsico e Turquia, "tenta obrigar a oposição armada a revogar suas declarações de que não vão continuar cumprindo o plano de Annan".

Na mesma linha, reiterou que o futuro do presidente sírio, Bashar al Assad, deve ser decidido em eleições livres, e qualificou como pouco construtivas as propostas que vinculam a resolução do conflito na Síria com a renúncia do Chefe de Estado. 

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