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Síria acusa sauditas de pressionarem árabes por intervenção

Jornal do governo sírio afirma que Arábia Saudita está pressionando países árabes para apoiarem intervenção americana na Síria

Membro do Exército Livre Sírio em ação: Arábia Saudita apoia firmemente uma intervenção na Síria, após reunião entre países árabes (Mohamed Abdullah/Reuters)

Membro do Exército Livre Sírio em ação: Arábia Saudita apoia firmemente uma intervenção na Síria, após reunião entre países árabes (Mohamed Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 10h48.

Damasco - A Arábia Saudita está tentando pressionar os demais países árabes para que apoiem uma intervenção americana na Síria, denuncia nesta segunda-feira o jornal governamental sírio "Tishrin".

Em um editorial assinado pelo político Muhi al Din Mohammed, o jornal considera que "os sauditas transformaram a Liga Árabe em um órgão que, ao invés de unificar os árabes contra os Estados Unidos e Israel, passou a tentar legalizar as agressões desses dois países e outros antigos colonizadores contra a Síria".

Em sua reunião de ontem à noite no Cairo, os ministros árabes de Relações Exteriores evidenciaram suas diferenças em respeito a um eventual ataque estrangeiro na Síria, algo que a Arábia Saudita apoia firmemente apesar da rejeição de outros países como o Egito.

Os países árabes pediram à ONU e à comunidade internacional que assumam sua responsabilidade para "tomar as medidas dissuasórias necessárias" contra os autores do suposto ataque químico de 21 de agosto perto de Damasco.

Para o jornal, a resolução da Liga Árabe é "mais um passo no apoio aos possíveis ataques militares ocidentais, mas em um grau menor do que o esperado pelos Estados Unidos e alguns aliados do Golfo".

"A Arábia Saudita levou a máquina militar dos Estados Unidos para suas terras, o que representa a principal e mais perigosa ameaça à paz internacional e à segurança", critica o jornal.

Além disso, a publicação apontou que a reunião da Liga Árabe só tinha como objetivo dar um possível respaldo a uma agressão americana contra a Síria, apesar da "maioria dos países europeus e antigos aliados dos EUA rejeitaram fazer parte ou aprovar um ataque".

Damasco ameaçou em várias ocasiões se defender de uma possível intervenção militar, que o presidente americano, Barack Obama, decidiu realizar após aprovação do Congresso.

O editorial do jornal governamental também advertiu que a Arábia Saudita e Turquia podem sofrer a resposta militar de Damasco se uma intervenção desse tipo for concretizada.

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