Mundo

Sínodo recomenda que Igreja favoreça acolhimento de homossexuais

Um dos pontos do documento explica que "se reafirma que Deus ama todas as pessoas e assim faz a Igreja Católica

LGBT (Navid Baraty/Getty Images)

LGBT (Navid Baraty/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 27 de outubro de 2018 às 19h29.

Cidade do Vaticano - O Sínodo dos bispos do Vaticano que foi realizado este mês sobre os jovens recomendou no documento final aprovado neste sábado que se favoreça a acolhida na Igreja Católica de pessoas homossexuais e que não se discrimine pela orientação sexual.

O documento de 60 páginas contém 167 pontos, que foram aprovados hoje um por um pelos 149 chamados padres sinodais e todos eles com a maioria de dois terços que se requeria segundo as regras do Sínodo.

O ponto mais controverso do documento devido aos 65 votos contrários que recebeu foi o dedicado à sexualidade e às "inclinações sexuais".

No ponto 150 se explica que no Sínodo "se reafirma que Deus ama todas as pessoas e assim faz a Igreja, reiterando seu compromisso contra qualquer discriminação e violência sobre a base sexual".

Embora no documento se especifique que a Igreja "reafirma a antropológica diferença e reciprocidade entre homem e mulher", também "retém que é algo restritivo definir a identidade das pessoas a partir unicamente da sua orientação sexual".

O documento destaca que em muitas comunidades já existem "caminhos para acompanhar na fé pessoas homossexuais" e que o Sínodo "recomenda favorecer estes caminhos".

"Nestes caminhos as pessoas são ajudadas a ler sua própria história e a aderir com liberdade e responsabilidade ao seu batismo, a reconhecer seu desejo de pertencer e contribuir para a vida da comunidade", acrescenta o texto.

Desta maneira, completa, "se ajuda a todos os jovens, sem excluir ninguém, a integrar sempre mais a dimensão sexual na sua própria personalidade".

No texto desapareceu a sigla LGBT que aparecia nos pedidos dos jovens à Igreja sobre a acolhida a este coletivo, já que alguns bispos tinham rejeitado esta definição, entre eles os africanos que asseguravam que no seu continente ninguém o entenderia.

Acompanhe tudo sobre:Igreja CatólicaJovensLGBTVaticano

Mais de Mundo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma