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Sindicatos ameaçam greve contra reformas na Espanha

Madri - Os principais sindicatos da Espanha convocarão uma greve geral contra o plano do governo de reformar as leis trabalhistas, afirmou hoje Fernando Lezcano, porta-voz do Comisiones Obreras, o maior sindicato do país. "As datas (para a greve) serão decididas amanhã", informou. Na quarta-feira, o governo espanhol deve decretar uma reforma nas leis trabalhistas […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Madri - Os principais sindicatos da Espanha convocarão uma greve geral contra o plano do governo de reformar as leis trabalhistas, afirmou hoje Fernando Lezcano, porta-voz do Comisiones Obreras, o maior sindicato do país. "As datas (para a greve) serão decididas amanhã", informou.

Na quarta-feira, o governo espanhol deve decretar uma reforma nas leis trabalhistas do país. Após meses de negociações, sindicatos e empregadores não chegaram a um acordo para propor mudanças sobre o tema. "A proposta por decreto merece nossa rejeição", disse Lezcano. Há uma forte divisão no país entre empregados e empregadores sobre os contratos inflexíveis de longo prazo ou contratos mais curtos e flexíveis. Essa divisão e a falta de mudanças na legislação trabalhista é apontada como parcialmente culpada pelo alto desemprego no país europeu.

O governo afirmou que, para dar mais incentivo à criação de contratos de longo prazo, planeja limitar os contratos mais curtos. Além disso, pretende tornar as demissões mais simples e baratas. O desemprego na Espanha atingiu 20% em meio à crise no setor de construção, um dos que mais empregam no país.

Instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmam que é preciso que a Espanha realize uma reforma radical em sua legislação trabalhista. Segundo o FMI, isso é necessário para gerar mais crescimento na Espanha e reduzir o nível historicamente alto de desemprego. Na semana passada, os funcionários do setor público espanhol fizeram um dia de greve, em resposta às medidas de austeridade anunciadas pelo governo e contra as mudanças trabalhistas. O governo estimou que apenas 12% dos funcionários públicos cruzaram os braços, enquanto o sindicato Comisiones Obreras afirmou que 75% não trabalharam. As informações são da Dow Jones.

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