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Siderúrgicas chinesas exploram brechas após medidas

Exportações de aço da China subiram 46,8 por cento de janeiro a novembro do ano passado


	Siderúrgicas: exportações de aço da China subiram 46,8 por cento de janeiro a novembro do ano passado
 (Getty Images)

Siderúrgicas: exportações de aço da China subiram 46,8 por cento de janeiro a novembro do ano passado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 10h18.

Pequim - A decisão da China de cancelar reduções de impostos para exportações de aço ao boro aumenta a pressão sobre produtores e reduz a demanda por aço no curto prazo, mas siderúrgicas já buscam maneiras de explorar outras possibilidades, dizem analistas.

As exportações de aço da China subiram 46,8 por cento de janeiro a novembro do ano passado, com o mercado externo dando a sustentação necessária ao setor em meio a uma fraca demanda doméstica e a um excedente crônico de oferta.

A competitividade da indústria foi ajudada por uma política que originalmente buscava estimular a produção de aço com maior valor agregado, mas que permitiu aos exportadores receberem devolução de 9 a 13 por cento de impostos ao adicionar apenas 0,0008 por cento de boro aos seus produtos.

O Ministério das Finanças da China disse no fim do ano passado que removeria as restituições de impostos de quatro produtos de aço ao boro a partir de 1º de janeiro. O governo disse que a medida tinha como alvo produtos que causam poluição excessiva.

O aço com adição de boro representou 44 por cento das exportações totais de aço da China nos 10 primeiros meses de 2014, segundo a consultoria Mysteel.

No entanto, o cancelamento não afetou as restituições de impostos para bobinas laminadas a quente com adição de boro. Ligas contendo outros elementos também não foram incluídas, dando aos produtores uma oportunidade de encontrar alternativas.

"As siderúrgicas chinesas já estavam vislumbrando que as mudanças na política de devolução de impostos ocorreriam este ano, e elas começaram a substituir o boro com outras ligas como manganês e cromo", disse Yu Yang, analista da Shenyin & Wanguo Futures, de Xangai.

"O boro é a liga mais barata, e o manganês e o cromo são um pouco mais caros", lembrou ela.

Analistas do banco Morgan Stanley disseram em uma nota nesta segunda-feira que o custo de mudar do boro para o cromo pode chegar a 6 dólares por tonelada, muito abaixo da restituição de impostos que pode ser obtida.

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