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Seul diz que tropas norte-coreanas podem ser enviadas à Ucrânia “mais cedo que o esperado”

Presidente Yoon Suk-yeol conversou sobre a aproximação entre o país vizinho e a Rússia com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 10h23.

Última atualização em 30 de outubro de 2024 às 10h35.

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O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, afirmou que as tropas norte-coreanas mobilizadas na Rússia poderão ser enviadas para zonas de combate na Ucrânia mais cedo do que o esperado, e definiu a situação como “grave”.

“O envio de forças norte-coreanas para os campos de batalha na Ucrânia poderá ocorrer a um ritmo mais rápido do que o esperado, o que é uma situação grave”, disse Yoon em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau nesta quarta-feira, 30.

O presidente sul-coreano disse que seu país e o Canadá “devem manter uma resposta forte e unida com a comunidade internacional”.

Chefe da diplomacia norte-coreana chega à Rússia em meio a denúncias de envio de militares ao país

Trudeau mostrou preocupação, afirmando que o posicionamento de forças norte-coreanas na Rússia acentuaria a guerra na Ucrânia, o que poderia afetar a segurança em toda a Europa e na região do Indo-Pacífico, de acordo com um comunicado divulgado pelo governo de Yoon.

Os serviços de inteligência sul-coreanos também têm informado nos últimos dias sobre as movimentações das tropas norte-coreanas, que, segundo os últimos relatórios, já poderiam estar na linha de frente do lado russo na sua guerra contra a Ucrânia.

“É possível que algumas unidades tenham sido enviadas como guarda avançada para a frente”, afirmou nesta quarta-feira a Agência de Inteligência de Defesa da Coreia do Sul (DIA) em um encontro com parlamentares, o que foi relatado à imprensa local pelo deputado do partido governista, Lee Seong-kweun.

No entanto, a organização de defesa acrescentou que neste momento “não há informações precisas sobre se a mobilização de tropas norte-coreanas ocorreu no front”, segundo a mesma fonte.

A DIA também observou que o envio de tropas norte-coreanas para zonas de combate, incluindo a região ocidental russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, parece iminente, e disse que não tem conhecimento de quaisquer vítimas norte-coreanas nas linhas de frente, como publicaram alguns meios de comunicação.

Por sua vez, o Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul relatou na véspera que “uma equipe avançada” de tropas norte-coreanas enviadas para a Rússia já se dirigia para a frente de batalha com a Ucrânia e detalhou que a maioria dos soldados enviados por Pyongyang teria cerca de 20 anos.

Esta informação surge depois de o Pentágono ter confirmado anteriormente que Pyongyang enviou cerca de 10.000 soldados de trem para o leste da Rússia – informação também respaldada pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na segunda-feira – e ter expressado “preocupação” com a ideia de que a Rússia pretende utilizá-los em combate.

A Coreia do Norte e a Rússia têm reforçado sua cooperação militar e, no último mês de junho, o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente russo Vladimir Putin realizaram uma reunião de cúpula em Pyongyang, na qual assinaram um novo tratado de associação que incluía uma cláusula de defesa mútua.

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