Setor de GLP cresceu 2,44% em 2011 e superou previsões
Previsão inicial para o setor era de alta em torno de 2,20%
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 05h54.
Rio de Janeiro - O setor brasileiro de gás liquefeito de petróleo (GLP) encerrou o ano passado com um total de 7,1 milhões de toneladas comercializadas, mostrando crescimento de 2,44% em relação a 2010. O resultado superou a previsão inicial, que era uma expansão em torno de 2,20%, informou à Agência Brasil o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello.
Houve também expansão de 2,06% na comercialização de GLP em embalagens de 13 quilos. Na versão granel, o aumento foi mais significativo: 3,45%. Esse tipo de GLP é vendido em centrais de gás para indústrias, em condomínios e no comércio, quando um caminhão reabastece um depósito. “Esse é um mercado que vem experimentando crescimento maior do que o mercado de botijões”, informou Mello.
Ele lamentou que apesar do plano de investimentos da Petrobras, o Brasil ainda não conseguiu a autossuficiência em GLP. No ano passado, devido a atrasos em alguns planos de negócios da estatal, como a implantação de refinarias, foram importados 26% de GLP. ”Mas a gente continua confiante que, com as descobertas de gás natural, haverá um aumento importante da oferta de GLP". A expectativa é que com isso, o Brasil se torne autossuficiente na produção ntre 2015 e 2020.
O presidente do Sindigás destacou um aumento significativo na competitividade do GLP frente ao gás natural para usuários de consumo mais baixo, abrangendo não só indústrias e o comércio, mas residências. Segundo Mello, no Rio de Janeiro, o gás natural chega ao consumidor 68% mais caro que o GLP. Isso pode ser explicado pelo modo de transporte do gás natural, que torna o produto mais caro. “O gás natural consegue se viabilizar se na ponta tiver uma (usina) térmica. Para outros usos menos intensos, acaba que o modal de transporte fica caro. Eu brinco que vender energia em lata cada vez se prova mais viável”.
Atualmente, cinco grupos empresariais, que somam nove companhias, respondem por 90% do mercado de GLP no país. Esse tipo de combustível está presente em mais de 95% das casas. Em termos de consumo, entretanto, ele representa 26,6% da matriz energética residencial brasileira, vindo atrás da energia elétrica e da lenha. Na matriz energética nacional, a participação do GLP é 3,6%, disse Mello. A estimativa é chegar a 4,2% até 2020. Para isso, terão de ser superados alguns desafios. “O primeiro é conseguir que a sociedade perceba o GLP além da cozinha”. Ele lembrou que as pessoas costumam ver o GLP apenas como bujão.
O principal alvo, enfatizou Mello, é ocupar parte do espaço ocupado pelo chuveiro elétrico para o aquecimento de água. Hoje, 80% da água doméstica são aquecidos com energia elétrica. A utilização do GLP para essa finalidade representa menos custo para o consumidor, além de ser “um benefício para o país, em termos de balança energética”. Também nas construções, estudos comprovam que é mais barata a implantação de sistema de aquecedores a GLP do que a energia elétrica, disse.
Ele chamou a atenção para a importância da substituição da lenha, que causa danos ambientais e problemas de saúde pública, pelo GLP. A lenha representa atualmente cerca de 32% da matriz energética residencial no Brasil. Para vencer esse desafio, Mello sugeriu a fixação de preço do gás com destinação específica, de modo a desestimular a utilização de lenha.
A superação desses desafios poderá levar a uma expansão média do setor de GLP no Brasil de cerca de 2,5% nos próximos anos. “Pode chegar a 12 milhões de toneladas de consumo no Brasil daqui a 10 ou 15 anos”, estimou. “Existe potencial para, nos próximos 15 a 20 anos, a gente aumentar em 80% as nossas vendas”. Em 2012, o Sindigás prevê uma elevação das vendas em torno de 2%.
O Sindigás está trabalhando com o Ministério de Minas e Energia para rever a restrição, em vigor desde 1991, ao uso de GLP em motores a explosão. Essa proibição foi definida por ocasião da guerra entre os Estados Unidos e o Iraque e, segundo Mello, não faz sentido hoje em dia. A exceção é no uso de empilhadeiras.
Rio de Janeiro - O setor brasileiro de gás liquefeito de petróleo (GLP) encerrou o ano passado com um total de 7,1 milhões de toneladas comercializadas, mostrando crescimento de 2,44% em relação a 2010. O resultado superou a previsão inicial, que era uma expansão em torno de 2,20%, informou à Agência Brasil o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello.
Houve também expansão de 2,06% na comercialização de GLP em embalagens de 13 quilos. Na versão granel, o aumento foi mais significativo: 3,45%. Esse tipo de GLP é vendido em centrais de gás para indústrias, em condomínios e no comércio, quando um caminhão reabastece um depósito. “Esse é um mercado que vem experimentando crescimento maior do que o mercado de botijões”, informou Mello.
Ele lamentou que apesar do plano de investimentos da Petrobras, o Brasil ainda não conseguiu a autossuficiência em GLP. No ano passado, devido a atrasos em alguns planos de negócios da estatal, como a implantação de refinarias, foram importados 26% de GLP. ”Mas a gente continua confiante que, com as descobertas de gás natural, haverá um aumento importante da oferta de GLP". A expectativa é que com isso, o Brasil se torne autossuficiente na produção ntre 2015 e 2020.
O presidente do Sindigás destacou um aumento significativo na competitividade do GLP frente ao gás natural para usuários de consumo mais baixo, abrangendo não só indústrias e o comércio, mas residências. Segundo Mello, no Rio de Janeiro, o gás natural chega ao consumidor 68% mais caro que o GLP. Isso pode ser explicado pelo modo de transporte do gás natural, que torna o produto mais caro. “O gás natural consegue se viabilizar se na ponta tiver uma (usina) térmica. Para outros usos menos intensos, acaba que o modal de transporte fica caro. Eu brinco que vender energia em lata cada vez se prova mais viável”.
Atualmente, cinco grupos empresariais, que somam nove companhias, respondem por 90% do mercado de GLP no país. Esse tipo de combustível está presente em mais de 95% das casas. Em termos de consumo, entretanto, ele representa 26,6% da matriz energética residencial brasileira, vindo atrás da energia elétrica e da lenha. Na matriz energética nacional, a participação do GLP é 3,6%, disse Mello. A estimativa é chegar a 4,2% até 2020. Para isso, terão de ser superados alguns desafios. “O primeiro é conseguir que a sociedade perceba o GLP além da cozinha”. Ele lembrou que as pessoas costumam ver o GLP apenas como bujão.
O principal alvo, enfatizou Mello, é ocupar parte do espaço ocupado pelo chuveiro elétrico para o aquecimento de água. Hoje, 80% da água doméstica são aquecidos com energia elétrica. A utilização do GLP para essa finalidade representa menos custo para o consumidor, além de ser “um benefício para o país, em termos de balança energética”. Também nas construções, estudos comprovam que é mais barata a implantação de sistema de aquecedores a GLP do que a energia elétrica, disse.
Ele chamou a atenção para a importância da substituição da lenha, que causa danos ambientais e problemas de saúde pública, pelo GLP. A lenha representa atualmente cerca de 32% da matriz energética residencial no Brasil. Para vencer esse desafio, Mello sugeriu a fixação de preço do gás com destinação específica, de modo a desestimular a utilização de lenha.
A superação desses desafios poderá levar a uma expansão média do setor de GLP no Brasil de cerca de 2,5% nos próximos anos. “Pode chegar a 12 milhões de toneladas de consumo no Brasil daqui a 10 ou 15 anos”, estimou. “Existe potencial para, nos próximos 15 a 20 anos, a gente aumentar em 80% as nossas vendas”. Em 2012, o Sindigás prevê uma elevação das vendas em torno de 2%.
O Sindigás está trabalhando com o Ministério de Minas e Energia para rever a restrição, em vigor desde 1991, ao uso de GLP em motores a explosão. Essa proibição foi definida por ocasião da guerra entre os Estados Unidos e o Iraque e, segundo Mello, não faz sentido hoje em dia. A exceção é no uso de empilhadeiras.