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Separatistas pró-Rússia abandonam posições perto de Donetsk

Segundo chefe das milícias, as pequenas forças existentes nos arredores corriam o risco de serem cercadas e aniquilada

Um rebelde pró-Rússia protege o local da queda do avião da Malaysia Airlines enquanto monitores europeus e investigadores malaios inspecionam (REUTERS/Maxim Zmeyev)

Um rebelde pró-Rússia protege o local da queda do avião da Malaysia Airlines enquanto monitores europeus e investigadores malaios inspecionam (REUTERS/Maxim Zmeyev)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 06h59.

Moscou - O chefe das milícias pró-russas, Igor Strelkov, admitiu nesta quarta-feira que seus destacamentos abandonaram três localidades nos arredores de Donetsk, assim como as cercanias do aeroporto dessa cidade no leste da Ucrânia, controlada pelas forças separatistas.

"Deixamos Karlovka, também Netailovo e Pervomaiskoye. As pequenas forças que tínhamos ali corriam o risco de serem cercadas e aniquiladas", disse Strelkov, citado pela agência oficial russa "RIA Novosti".

O chefe das milícias acrescentou que a saída dessas localidades foi "ordenada" e com "baixas insignificantes".

"Seria um crime deixar vários pelotões de infantaria para que as tropas (ucranianas) massacrassem", explicou.

Como resultado dessas ações, acrescentou Strelkov, "o inimigo rompeu o cerco em torno do aeroporto de Donetsk e chegou até a periferia noroeste de Donetsk".

Destacou que o mesmo teria acontecido um dia depois, mesmo sem o recuo das milícias, que "teriam perdido mais de 100 homens para ganhar um tempo desnecessário".

Strelkov opinou que as tropas ucranianas não vão desenvolver sua ofensiva sobre Donetsk e que se limitarão a atacar a cidade com fogo de artilharia

"O inimigo não entrará na cidade. Donetsk não é a pequena Derzhinsk com uma guarnição de 80 combatentes", advertiu.

Na sua opinião, o plano das força governamentais é forçar as milícias a deixarem a cidade, que no momento da explosão do conflito, em abril, tinha quase um milhão de habitantes.

"Se querem se colocar (na cidade), sejam bem-vindos", disse Strelkov, que também destacou que os carros blindados são muito vulneráveis em condições de combate urbano. 

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