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Separatistas da Ucrânia concordam em retomar conversas

Petro Poroshenko alertou que poderá não prolongar cessar-fogo se a iniciativa deles tiver como objetivo apenas ganhar tempo


	Separatistas pró-Rússia: estimativa é que mais de 420 pessoas tenham morrido no conflito
 (Shamil Zhumatov/Reuters)

Separatistas pró-Rússia: estimativa é que mais de 420 pessoas tenham morrido no conflito (Shamil Zhumatov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 14h06.

Kiev - Separatistas da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ucrania">Ucrânia</a></strong> concordaram nesta quinta-feira em retomar as conversações de paz para pôr fim ao conflito no leste do país, mas o presidente Petro Poroshenko alertou que poderá não prolongar o cessar-fogo, que vence na noite de sexta-feira, se a iniciativa deles tiver como objetivo apenas ganhar tempo. </p>

A decisão dos rebeldes pró-Rússia, que vêm combatendo as forças do governo desde abril, surgiu depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, pela segunda vez em dois dias para analisarem como pôr fim à crise.

Em Berlim, uma fonte do governo disse que o objetivo da chamada telefônica, que Moscou disse ter ocorrido por iniciativa de Merkel, era encontrar um meio de prolongar o cessar-fogo declarado pelas autoridades ucranianas, o qual vai expirar na sexta-feira às 22 horas (16 horas em Brasília).

A estimativa é que mais de 420 pessoas, incluindo militares ucranianos, rebeldes e civis, tenham morrido no conflito, segundo comunicado divulgado pela ONU, em 24 de junho. Poroshenko declarou ter sido informado sobre a disposição dos rebeldes de manterem um segundo encontro na sexta-feira com o chamado "grupo de contato", o qual inclui o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, um enviado da Rússia a Kiev e uma autoridade do alto escalão da OSCE, entidade voltada para o acompanhamento da segurança e direitos humanos.

Mas, apesar da pressão ocidental sobre Poroshenko, ele deu a entender com firmeza que poderá não haver prorrogação do cessar-fogo, a menos que o governo ucraniano fique satisfeito com os resultados das conversações com o grupo de contato. "(Sexta-feira) é um dia muito importante: se nossas condições para o plano de paz não forem aceitas, então tomaremos uma decisão muito importante", disse ele ao Conselho Europeu, em Estrasburgo, na França, segundo informou o jornal ucraniano online Ukrainska Pravda.

Empossado como presidente há pouco tempo (em 7 de junho) e sob pressão de seu eleitorado para não se curvar aos separatistas, Poroshenko tem alertado que as forças do governo irão rapidamente adotar um "Plano B detalhado" - que de modo geral se acredita ser uma ofensiva do governo -, se os rebeldes aproveitarem o cessar-fogo para se rearmarem e reagruparem.

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