O referendo sobre a independência da Catalunha está marcado para o próximo domingo. Apesar do governo central tentar impedir a votação, com decisões judiciais e com o uso da Força Nacional, as autoridades catalãs confirmam que realizarão a consulta. E mais: caso o sim saia vencedor, como é esperado, a independência será declarada em até 48 horas.

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O governo de Madrid entende que o referendo é uma violação à Constituição do país. Nas últimas três semana, recolheu materiais de propaganda, revistou gráficos e investigou políticos locais da Catalunha.

Parte das finanças da região está sob o controle de Madrid, assim como a polícia catalã, conhecida como Mossos d’Esquadra. O governo tentará isolar as áreas de votação.

A polícia ainda busca a central de contagem de votos, cuja localização é mantida em segredo. Como não podia deixar de ser, são esperados confrontos no dia de votação.

A União Europeia também critica a votação. Pelos tratados internacionais, referendos como este só podem acontecer se forem organizados por uma comissão independente, o que não foi o caso na Catalunha.

Além de diferenças na língua e na formação histórica, a Catalunha baseia seu pedido de independência na reclamação de que possui o direito de ficar com 100% dos impostos arrecadados na região, em vez de mandar parte da arrecadação para Madrid.

Seja qual for o resultado no domingo, uma coisa é certa: a questão referendo abriu uma ferida importante na política nacional espanhola.