Mundo

Senadores e deputado pedem bloqueio de bens da Delta

A empresa, que atua em diversas obras públicas federais e estaduais, é acusada de ser utilizada como fonte de pagamento de propina a diversos agentes públicos

Com isso, segundo o senador Pedro Taques, a empresa também não poderá mais ser vendida (Julio Bittencourt)

Com isso, segundo o senador Pedro Taques, a empresa também não poderá mais ser vendida (Julio Bittencourt)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 19h06.

Brasília – A intervenção judicial da Delta Construção e o bloqueio dos bens da empreiteira foram pedidos hoje (24), por meio de medida cautelar na Justiça Federal no Distrito Federal (DF), pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

A empresa, que atua em diversas obras públicas federais e estaduais, é acusada de ser utilizada como fonte de pagamento de propina a diversos agentes públicos pela quadrilha comandada pelo empresário acusado de explorar jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

De acordo com o senador Pedro Taques, a medida cautelar é preparatória para uma ação popular e foi protocolada na 14ª Vara no DF. “Nós pedimos a indisponibilidade dos bens da Delta, a nomeação de um interventor judicial para que ela não paralise as obras e para que mais de 30 mil empregados não fiquem sem colocação no mercado de trabalho”, explicou.

De acordo com ele, os parlamentares autores da ação esperam impedir que o patrimônio público que está em poder da Delta, por meio das obras que ela executa, seja desviado para empresas fantasmas e de lá para “o contador do Cachoeira”. “A ideia é que, sendo deferida a liminar nesta ação, o juiz determine a indisponibilidade dos bens da Delta, e ela não possa mais negociar a não ser os contratos que ela já tem com o governo federal”, disse Taques.

Com isso, segundo o senador, a empresa também não poderá mais ser vendida. Todos os valores que forem pagos à empresa serão encaminhados para uma conta judicial e serão utilizados para terminar as obras e saldar dívidas trabalhistas. Para o parlamentar, a medida já deveria ter sido adotada pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga as relações de Cachoeira com agentes públicos e privados e que vem apurando que o empresário fraudava licitações públicas para garantir que a Delta conseguisse os contratos e depois utilizar o dinheiro pago por eles. “A CPI está demorando para tomar as providências. A União também já deveria ter tomado providências”, declarou.

Acompanhe tudo sobre:Carlinhos CachoeiraConstrutora DeltaCorrupçãoEmpresasEscândalosFraudesPolítica no BrasilPolíticos

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal