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Senadores dos EUA apresentam projeto de lei para frear WikiLeaks

Senadores norte-americanos apresentaram projeto de lei para "eliminar a ameaça" que representa o site WikiLeak

"O WikiLeaks não é uma fonte, nem Assange um jornalista", diz o senador John Ensign (Dan Kitwood/Getty Images)

"O WikiLeaks não é uma fonte, nem Assange um jornalista", diz o senador John Ensign (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 06h24.

Washington - O senador independente Joe Lieberman e seus colegas republicanos John Ensign e Scott Brown apresentaram na última quinta-feira um projeto de lei para eliminar a ameaça que representa o site WikiLeaks.

Em comunicado divulgado pelo escritório de Lieberman, os três senadores indicam que seu projeto de lei, denominado "Shield Act" ("Ato Protetor", em tradução livre), permitiria ao Governo dos EUA dispor de "uma maior flexibilidade contra o WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange," ao tornar ilegal a publicação de nomes de informantes do Exército dos EUA e dos serviços de inteligência.

"Julian Assange e seus camaradas, em sua tentativa de atrapalhar nossos esforços de guerra, estão criando uma lista de alvos para nossos inimigos ao publicar os nomes de fontes da inteligência humana", sustentou Ensign.

"Nossas fontes arriscam valentemente suas vidas quando se opõem à tirania da Al Qaeda, dos talibãs e de regimes assassinos, e eu não ficarei de braços cruzados sabendo que se transformam em alvos mortais por culpa de Julian Assange", acrescentou.

"O WikiLeaks não é uma fonte, nem Assange um jornalista", insistiu.

Lieberman, por sua vez, que preside o Comitê de Segurança e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA, assinalou que os diplomatas americanos, aliados e fontes dos serviços de inteligência "terão a garantia de que suas vidas não serão postas em perigo".

De acordo com o senador independente por Connecticut, o projeto de lei permitirá que sejam processados criminalmente todos os que põem em risco as fontes de informação, que, disse, "são vitais para proteger nossos interesses em segurança nacional".

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