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Senado nega poderes especiais a Obama para negociar comércio

O líder republicano Mitch McConnell havia oferecido essa medida por considerá-la vital para a geração de empregos nos EUA

"Não estamos tendo um sócio disposto", disse Barack Obama (Nicholas Kamm/AFP)

"Não estamos tendo um sócio disposto", disse Barack Obama (Nicholas Kamm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 23h46.

Washington - A bancada democrata no Senado se uniu na terça-feira para rejeitar uma emenda que concederia ao presidente Barack Obama a chamada "autoridade de promoção comercial" para que ele possa negociar acordos que abram novos mercados para os EUA.

O líder republicano Mitch McConnell havia oferecido essa medida por considerá-la vital para a geração de empregos nos EUA.

"Sem a autoridade de promoção comercial, não haverá outros acordos comerciais, todos nós sabemos disso", afirmou McConnell. "E por isso tenho defendido fortemente a concessão a esse presidente da mesma autoridade de promoção comercial que todos os outros presidentes desfrutaram desde 1974."

A medida foi derrubada no plenário por 55 a 45 votos.

Obama não solicitou a autoridade de promoção comercial, que expirou em 2007 e também é conhecida como "fast track" (via rápida), porque acelera a aprovação parlamentar de acordos comerciais internacionais.

Uma fonte do Executivo disse que Obama irá solicitar a regalia "num momento adequado", mas que concedê-la agora iria retardar a tramitação dos acordos comerciais já discutidos com a Coreia do Sul, Colômbia e Panamá, que devem chegar ao Congresso nas próximas semanas.

O senador democrata Ron Wyden, presidente da subcomissão de comércio da Comissão de Finanças do Senado, ecoou tal preocupação.

Ele disse que os parlamentares precisam de mais tempo para forjar novos objetivos para as negociações envolvendo a Casa Branca, ao invés de simplesmente renovar a lei expirada até 2013, conforme propunha McConnell.

"Há muito interesse no nosso lado do corredor em trabalhar sobre essa questão, mas eu pediria aos colegas que resistam à emenda de McConnell", disse Wyden.

No entanto, muitos democratas veem com receio a adoção de novos acordos comerciais, seja com Obama ou com um republicano na Casa Branca.

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