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Sem Tillerson, trabalho diplomático nos EUA continua

ÀS SETE - Apesar da demissão do secretário, os assuntos envolvendo a reunião que pode resultar no processo de desnuclearização da Coreia do Norte não param

TILLERSON DE SAÍDA: mudança no departamento de Estado vem em hora crucial nas negociações com a Coreia do Norte e assusta países asiáticos / REUTERS/Leah Millis
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2018 às 06h27.

Última atualização em 15 de março de 2018 às 07h29.

A ministra de Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, chega nesta quinta-feira aos Estados Unidos onde tem reuniões com o Departamento de Estado até o sábado.

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Em Washington, Kang se reuniria com o secretário de Estado Rex Tillerson e juntos dariam continuidade ao encontro entre o presidente Donald Trump e o líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un.

O problema: Tillerson, um dos principais nomes do gabinete de Trump, foi tuítado para fora do governo na terça-feira.

Apesar da saída do ex-executivo, que fez carreira na petroleira Exxon Mobil, os assuntos do departamento de Estado não param, principalmente quando na pauta está uma reunião que poderia resultar no processo de desnuclearização da península coreana e na suavização das tensões na região.

Segundo informou em nota o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul, a viagem de Kang está mantida. “Seul e Washington reconhecem que é importante manter uma coordenação firme e comunicação através de canais diplomáticos, apesar da troca de pessoal.”

Trump aceitou, na semana passada, se encontrar com Kim para resolver a questão nuclear na região e reduzir o escalonamento do conflito — e esforços estavam sendo feitos para agendar uma reunião em maio, muito provavelmente em uma zona desmilitarizada na fronteira entre as duas Coreias.

A aceitação do diálogo por Trump, depois que emissários sul-coreanos voltaram da Coreia do Norte com o convite, foi vista como inesperada por analistas políticos. Com a saída de Tillerson, governos na Ásia se preocuparam que o andamento das conversas, ainda tão frágeis, poderia estar comprometido. Taro Kono, ministro de Relações Exteriores do Japão, recebeu a notícia dizendo que Tillerson era “um ministro em quem eu podia confiar e falar candidamente”.

O encontro de Kang acontece com o vice de Tillerson, John Sullivan, enquanto Mike Pompeo, um deputado conservador indicado por Trump para assumir a pasta, ainda não foi aprovado pelo Senado.

A súbita mudança no principal nome da diplomacia americana pegou os asiáticos desprevenidos. Eles mantiveram a compostura, em nome de um objetivo maior. Resta saber se o novo Departamento de Estado, sob nova direção, irá fazer o mesmo.

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