Acompanhe:

Sem idade mínima, Macron apresenta reforma da previdência

Para conter série de protestos organizados por centrais sindicais, governo francês decidiu retirar da proposta o aumento da idade mínima para aposentadoria

Modo escuro

Continua após a publicidade
Macron: a reforma da previdência deve ser votada no Parlamento no próximo dia 17 (Ludovic Marin/Pool/Reuters)

Macron: a reforma da previdência deve ser votada no Parlamento no próximo dia 17 (Ludovic Marin/Pool/Reuters)

R
Redação EXAME

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às, 05h49.

Última atualização em 24 de janeiro de 2020 às, 06h54.

São Paulo — O presidente francês Emmanuel Macron finalmente apresenta sua reforma da previdência, após um ano de protestos pelo país. Nesta sexta-feira 24, seu governo irá apresentar ao Conselho de Ministros da França o texto final do projeto, que finalmente começa a ser melhor aceito por setores trabalhistas após a retirada de seu ponto mais polêmico: o aumento da idade mínima para aposentadoria. 

Depois que passar pelo corpo ministerial nesta sexta-feira, o projeto finalmente poderá ser encaminhado ao Parlamento francês para ser votado no dia 17 de fevereiro.

Atualmente, a França tem cerca de 42 regimes especiais de aposentadoria que são empregados a diferentes categorias trabalhistas. A ideia de Macron é, por meio de sua reforma, concentrar esses regimes sob o guarda-chuva de uma única previdência.

Para isso, no entanto, o governo precisou ceder. Um dos principais pontos da reforma, que era aumentar a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos, foi abandonado pelo governo.

Em dezembro, greves gerais paralisaram a França, em especial o transporte público do país. Muitos voos e viagens de trem tiveram que ser cancelados até mesmo no natal, período com o maior número de deslocamentos internos e externos no país.

Além da idade mínima, o governo também fez concessões a categorias como a dos policiais e militares, permitindo que o grupo permaneça se aposentando mais cedo que civis. Ao anunciar a decisão, o governo advertiu centrais sindicais que não há mais razões para greve.

Mesmo que ainda encontre resistência, com 47% dos franceses apoiando as greves, segundo pesquisas recentes, a gestão de Macron começa a ver os protestos serem diluídos. De acordo com a central sindical CTG, no último dia 16, 250 mil pessoas marcharam pacificamente contra a reforma em Paris. Uma semana antes, no dia nove, 370 mil haviam ocupado as ruas. 

O CFDT, maior sindicato do setor privado da França, anunciou que, por enquanto, não fará mais graves, pois está negociando com o governo. Embora algumas categorias trabalhistas se mantenham na rua, a adesão aos protestos vem caindo. A dúvida é se o esmorecimento se manterá até o dia em que a reforma de fato virar lei.

Últimas Notícias

Ver mais
Macron homenageia Janja com maior honraria do governo francês
Brasil

Macron homenageia Janja com maior honraria do governo francês

Há 14 horas

Após encontro com Lula, Macron vai ao Congresso se reunir com Pacheco
Brasil

Após encontro com Lula, Macron vai ao Congresso se reunir com Pacheco

Há 15 horas

Dirigente do BCE prevê 1º corte de juros na primavera europeia, mas espera relaxamento gradual
Economia

Dirigente do BCE prevê 1º corte de juros na primavera europeia, mas espera relaxamento gradual

Há 16 horas

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela
Mundo

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela

Há 17 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais