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Sem apoio de partido de Berlusconi, Itália aprova orçamento

O Executivo italiano superou seu primeiro desafio após o partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi deixar a coalizão governamental

Enrico Letta, líder do governo italiano: senado conseguiu ontem apressar a votação da lei e o orçamento foi aprovado (Getty Images)

Enrico Letta, líder do governo italiano: senado conseguiu ontem apressar a votação da lei e o orçamento foi aprovado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 08h02.

Roma - O Executivo italiano de Enrico Letta superou seu primeiro desafio após o partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, Força Itália, deixar a coalizão governamental ao conseguir aprovar a lei de orçamento geral.

O Senado conseguiu ontem apressar a votação da lei e nesta quarta-feira o orçamento foi aprovado por 162 votos a favor e 115 contra. A lei será analisada agora pela Câmara dos Deputados.

Trata-se do primeiro empecilho superado pela nova maioria que apoia o governo Letta, após o Força Itália anunciar ontem que o partido deixaria a coalizão governamental por desacordos sobre o orçamento geral de 2014.

A saída ocorre antes do Senado votar a expulsão de Silvio Berlusconi da casa após sua condenação definitiva por fraude fiscal no caso Mediaset.

O governo conseguiu se manter de pé graças ao apoio do Novo Centro-direita, grupo surgido do antigo partido de Berlusconi, liderado pelo vice-presidente do governo e ministro do Interior, Angelino Alfano, que conta com 30 senadores.

No entanto, a nova maioria, segundo a imprensa italiana, tem apenas seis votos a mais do que a oposição.

A nova coalizão governamental, formada pelo Partido Democrata (PD), de Letta, pelo Escolha Cívica e o Novo Centro-direita, conta com 167 senadores, enquanto a oposição, composta pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S), Liga Norte e Força Itália, mais outros pequenos grupos, somam 161 cadeiras.

Letta também poderia contar com os votos dos cinco senadores vitalícios, mas nem todos participam das votações devido à idade avançada.

A situação na Câmara, no entanto, é mais tranquila, e a nova maioria conta com 386 votos, 70 a mais que a oposição.

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