Os serviços de emergência que vasculharam o local encontraram indícios da presença de vários veículos submersos na água, informou Wallace, sem especificar o número.
De qualquer forma, "não há absolutamente nenhum indício de que tenha sido terrorismo, que isso tenha sido feito de propósito", disse o comissário da Polícia de Baltimore, Richard Worley.
'Som de trovão'
O tráfego marítimo foi suspenso "até segundo aviso", mas "o porto segue aberto para a passagem de caminhões", disse aos jornalistas o secretário de Transporte de Maryland, Paul Wiedefeld.
"Fomos acordados pelo que parecia ser um terremoto e um longo e vibrante som de trovão", declarou um homem à imprensa local.
A ponte, de quatro pistas e 2,6 quilômetros de comprimento, atravessa o rio Patapsco, ao sudoeste de Baltimore, uma cidade industrial e portuária na costa atlântica dos Estados Unidos.
Por ela circulam mais de 11 milhões de veículos por ano, cerca de 31 mil por dia. Leva o nome de Francis Scott Key, autor da letra do hino americano.
O porto de Baltimore é o principal da costa leste dos Estados Unidos e o nono mais importante do país, tanto pela carga estrangeira que maneja quanto pelo valor da mesma. O terminal oferece emprego direto para mais de 15 mil pessoas.
O site de tráfego marítimo MarineTraffic diz que um navio porta-contêineres com bandeira da Singapura chamado "Dali" parou sob a ponte. Os registros mostram que o navio se dirigia de Baltimore para Colombo, no Sri Lanka.
A gigante dinamarquesa Maersk confirmou ter fretado o navio, operado pela companhia de navegação Synergy Group. "Estamos horrorizados com o ocorrido", escreveu a Maersk em comunicado.
"Todos os membros da tripulação, incluindo os dois pilotos, foram localizados e não há relatos de quaisquer feridos", afirmou o Synergy Marine Group em comunicado.
A investigação deverá determinar como a colisão de apenas um barco pôde destruir vários arcos da ponte metálica.
Apesar de o porta-contêineres de 300 metros de comprimento possuir uma poderosa força de inércia, "a magnitude dos danos na superestrutura da ponte parece desproporcional em relação à causa", comentou o professor Toby Mottram, especialista da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
Em um acidente como este, serão as seguradoras que vão reembolsar os danos, afirmou à AFP o especialista Mathieu Berrurier: seguro de danos sofridos pelo navio e seguro de responsabilidade civil por danos causados a terceiros.