EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h49.
Cairo - Os seguidores do anterior presidente egípcio, o islamita Mohamed Mursi, realizarão um "dia de ira" na próxima quinta-feira coincidindo com o aniversário de sua destituição, para pôr fim ao atual sitema político no Egito.
A Aliança para a defesa da Legitimidade, liderada pela Irmandade Muçulmana, precisou, em comunicado, que essa nova onda de protestos pretende "pôr fim ao golpe de Estado e acelerar a derrocada" do atual presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi.
Os seguidores de Mursi tacham de golpe de Estado a derrocada militar do ex-mandatário islamita que aconteceu em 3 de julho de 2013 após protestos maciços que pediam eleições presidenciais antecipadas.
Os convocantes pedem a união de todos aqueles que foram prejudicados pelo atual sistema político e a transformar as exigência sociais em um estímulo dos protestos.
Os islamitas confiam que "a decisão de eliminar os subsídios e de aumentar os preços se transformem em uma linha vermelha e um ponto de partida para romper o golpe de Estado", assinala o comunicado.
Os protestos serão realizados nas praças cêntricas das principais cidades.
No Cairo, os manifestantes sairão pela tarde de 35 mesquitas e se dirigirão à icônica praça Tahrir e às sedes dos ministérios de Interior e de Defesa.
O comunicado pede que os participantes respeitem o caráter pacífico dos protestos, embora considere que a "autodefesa é um direito legitimo".
Em 4 de junho, Mursi pediu que seus seguidores continuem sua "revolução pacífica até a vitória" em carta enviada desde a prisão de Burj al Arab, em Alexandria (norte), onde está recluso, e que foi divulgada em sua página oficial no Facebook.