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Segue a busca por quase 300 sul-coreanos após naufrágio

Após elevar nas últimas horas para oito o número de mortos confirmados, os mergulhadores continuam os trabalhos em condições especialmente adversas

Guarda costeira busca passageiros desaparecidos no local em que a barca "Sewol" virou, no mar de Jindo, na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters)

Guarda costeira busca passageiros desaparecidos no local em que a barca "Sewol" virou, no mar de Jindo, na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2014 às 22h29.

Seul - As equipes de resgate da Coreia do Sul continuam nesta quinta-feira (data local) a busca por 288 desaparecidos, a maioria deles estudantes, no trágico naufrágio de um navio de passageiros no litoral sudoeste do país.

Após elevar nas últimas horas para oito o número de mortos confirmados, os mergulhadores continuam os trabalhos em condições especialmente adversas, com a embarcação submersa há aproximadamente 22 horas, a cerca de 30 metros de profundidade e em águas de pouca visibilidade.

Todos os dados apontam que praticamente todos os desaparecidos ficaram presos dentro da embarcação Sewol quando esta aparentemente se chocou com um obstáculo às 9h de quarta-feira (21h de terça-feira de Brasília) antes de virar e afundar-se lentamente durante duas horas.

Se for esse o caso, é improvável que haja sobreviventes devido à baixa temperatura das águas (cerca 12 graus), ao tempo transcorrido e às dificuldades de acesso ao navio.

Após um contínuo e confuso baile de números por parte das autoridades sul-coreanas, os últimos dados oficiais cifram em 475 as pessoas que viajavam a bordo do Sewol, com capacidade para 921 passageiros.

Um total de 325 eram estudantes de um instituto de Ansan, na periferia de Seul, que partiram em uma viagem escolar na noite de terça-feira do porto de Incheon, no noroeste do país, com destino à turística ilha meridional de Jeju.

As equipes de resgate conseguiram salvar 179 passageiros, e dezenas deles estão sendo tratados no hospital por diversos ferimentos, como rompimentos de ossos e queimaduras.

Os testemunhos oferecidos pelos sobreviventes, assim como as mensagens de texto enviadas de dentro do navio por estudantes a seus familiares, indicam que, após a colisão, a tripulação pediu aos passageiros para permanecer em seus assentos, algo que talvez lhes fez perder tempo crucial para salvar-se.

Em todo caso, o governo descartou pronunciar-se sobre as especulações que rodeiam o caso e anunciou que não começará a investigação até que concluam os trabalhos de resgate.

Este acidente mantém comovida desde ontem a sociedade da Coreia do Sul, que pode estar vivendo uma das piores tragédias humanas de sua história, similar ao naufrágio de um barco em outubro de 1993 no litoral oeste que deixou 292 mortos. EFE

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