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Secretário-geral da ONU defende investigação independente sobre mortes em Gaza

Antonio Guterres está no Caribe e deve se encontrar com Lula para discutir crise em Gaza

Guterres: é urgente um cessar-fogo e a libertação de reféns (Ralph Orlowski/Reuters)

Guterres: é urgente um cessar-fogo e a libertação de reféns (Ralph Orlowski/Reuters)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 1 de março de 2024 às 07h05.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que na quinta-feira que o episódio da morte de mais de 100 pessoas buscando ajuda humanitária na Faixa de Gaza requer uma investigação independente.

O governo do Hamas acusou nesta quinta-feira soldados israelenses que intermediavam a distribuição de comida de abrir fogo contra palestinos. Em nota, as Forças Armadas de Israel disseram apenas que houve "empurrões e correria", com mortos e feridos.

Guterres disse que ficou "chocado" com o último episódio envolvendo os militares israelenses. Desde o início da guerra, segundo autoridades palestinas, mais de 30 mil civis já morreram. O chefe da ONU está em São Vicente e Granadinas para 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenho. O português deve se encontrar como presidente Lula para discutir a crise em Gaza.

Perguntado sobre os recentes fracassos do Conselho de Segurança para aprovar um cessar-fogo, Guterres disse que a piora no quadro geopolítico "transformou o poder de veto num instrumento de paralisia das ações do órgão". Fazem parte do CS da ONU EUA, China, Rússia, França e Reino Unido.

"Estou totalmente convencido de que precisamos de um cessar-fogo humanitário e uma imediata e incondicional libertação de reféns. E nisso precisamos ter um Conselho de Segurança capaz de atingir esses objetivos", concluiu.

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