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Secretário-geral da OEA propõe suspensão da Venezuela

Desde meados do ano passado, a organização regional avalia o governo Maduro e solicitou a adoção de medidas para restaurar a democracia no país

Venezuela: "Os esforços diplomáticos não resultaram em nenhum progresso. Repetidas tentativas de diálogo fracassaram e os cidadãos da Venezuela perderam ainda mais fé em seu governo e no processo democrático" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Venezuela: "Os esforços diplomáticos não resultaram em nenhum progresso. Repetidas tentativas de diálogo fracassaram e os cidadãos da Venezuela perderam ainda mais fé em seu governo e no processo democrático" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de março de 2017 às 21h25.

Caracas - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, propôs nesta terça-feira a suspensão da Venezuela da entidade, caso o governo socialista não realize eleições gerais o "mais breve" possível.

Desde meados do ano passado, a organização regional com sede em Washington avalia o governo socialista de Nicolás Maduro e solicitou a adoção de medidas para restaurar a democracia no país, tais como o direito a eleições e o fim à perseguição de dissidentes.

Amparado em decisões de tribunais regionais, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) suspendeu no ano passado a convocação de um referendo revogatório do mandato de Maduro, enterrando a possibilidade de substituí-lo antes que ele cumpra seu mandato, até o início de 2019.

"Os esforços diplomáticos não resultaram em nenhum progresso. Repetidas tentativas de diálogo fracassaram e os cidadãos da Venezuela perderam ainda mais fé em seu governo e no processo democrático", disse Almagro.

"Os fatos não deixam dúvidas. A Venezuela viola todos os artigos da Carta Democrática Interamericana", acrescentou o ex-chanceler uruguaio.

Para que a Venezuela seja suspensa, dois terços dos 34 países que integram a OEA devem votar a favor da medida.

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