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Secretário dos EUA diz que Líbia terá transição díficil

Leon Panetta tornou-se o primeiro secretário de Defesa dos Estados Unidos a visitar a Líbia

Leon Panetta, o primeiro chefe do Pentágono que visita a Líbia (Pablo Martinez Monsivais/ AFP)

Leon Panetta, o primeiro chefe do Pentágono que visita a Líbia (Pablo Martinez Monsivais/ AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2011 às 10h58.

Tripoli - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, afirmou, neste sábado, que a Líbia enfrenta um "longo e árduo" caminho ao mudar de um governo de um homem só nos últimos 42 anos para a unificação dos fragmentados grupos rebeldes que destituíram Muammar Kadafi do poder. Panetta tornou-se o primeiro secretário de Defesa dos EUA a visitar a Líbia, ao chegar em Tripoli para se encontrar com a liderança interina que luta para garantir o controle do país dois meses após a captura e morte de Kadafi.

Em uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro Abdurrahim El-Keib, Panetta disse que a Líbia enfrenta desafios árduos no processo de unificação das forças que participaram da remoção de Kadafi do poder, como o exército, as forças policiais e instituições democráticas. "Esta será uma longa e difícil transição, mas eu estou confiante de que vocês vão ser bem-sucedidos", disse.

"Estou confiante que eles (os líderes interinos) estão adotando os passos corretos para alcançar todos esses grupos e trazê-los para fazer parte conjunta da Líbia e de um sistema de defesa", disse Panetta ao ser indagado sobre as milícias que estão dominando o poder real nas ruas da Líbia. "Eu tenho a percepção de que eles saberão como lidar com isso."

O governo de El-Keib recebeu um impulso importante na sexta-feira quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidades (ONU) suspendeu as sanções para o Banco Central da Líbia e uma de suas subsidiárias, abrindo o caminho para a liberação de bilhões de dólares mantidos no exterior, o que deve aliviar a aguda crise de dinheiro no país. A ONU informou que desbloqueou mais de US$ 30 bilhões em ativos do governo líbio. Os líderes líbios precisam desses fundos externos para pagamento dos servidores do serviço público e também para iniciar o longo processo de reconstrução, além de ampliar sua autoridade junto às milícias. As informações são da Associated Press.

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