Secretário de Esportes de SP anuncia saída do PSDB
Saída do político está relacionada com disputa de Alckmin pela prefeitura em 2008, contra interesses de Kassab
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 14h15.
São Paulo - O secretário municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, Walter Feldman, anunciou hoje que deixará o PSDB junto com os seis vereadores que desembarcaram da legenda na semana passada. Feldman, que é um dos fundadores do PSDB, disse que o partido está se "desviando" de seu caminho original e negou que a saída da legenda tenha relação com a criação do PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab.
"O PSDB está hoje no desvio, o Fernando Henrique tem apontado isso, a saída dos vereadores aponta isso. Um partido que despreza a participação dos vereadores na organização do diretório e depois trata como mal pequeno a saída deles está no desvio", afirmou.
Feldman argumentou que sua saída do PSDB está relacionada ao racha de 2008, quando o governador Geraldo Alckmin decidiu disputar a Prefeitura de São Paulo, contrariando o acordo da legenda em manter a aliança com o DEM em torno do nome de Kassab. "O time maravilhoso que acaba de deixar o PSDB é o meu time. Eles compreenderam que em 2008 era um equívoco o governador Geraldo Alckmin sair candidato à Prefeitura. O PSDB cometeu esse equívoco e fez um racha interno por teimosia nessa posição", justificou.
Para Feldman, o grupo liderado por Alckmin não conseguiu compreender o "erro" de 2008 e essa inflexibilidade é a raiz das mudanças de hoje. "Quem errou muito foram eles (aliados de Alckmin). A aliança estava programada para persistir e ela teria persistido até hoje. Possivelmente não haveria PSD se houvesse isso, não haveria saída dos vereadores do PSDB", avaliou.
O secretário negou que o prefeito tenha interferido na decisão de saída dos vereadores e disse que não há definição sobre a ida para o PSD. "Juro pela minha mãe, não tem nada a ver" disse, referindo-se à saída do PSDB para acompanhar Kassab.
O ex-tucano comparou a debandada do partido ao período da fundação do PSDB, no final da década de 80. Segundo Feldman, o mesmo descontentamento que marcou sua saída do PMDB em 1988 é o que motiva sua decisão. "A saída dos vereadores é uma crítica duríssima a atual história do PSDB, que está fora de seu projeto original. Hoje o PSDB está num projeto de poder", criticou. "Estou muito triste porque o PSDB foi um partido que eu fundei", lamentou.
Na opinião do secretário, o PSDB precisa resgatar o ideário dos ex-governadores Franco Montoro e Mário Covas - lideranças históricas da sigla. "Minha vida é feita de ciclos e, infelizmente, o meu ciclo no PSDB, para mim, acabou".
São Paulo - O secretário municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, Walter Feldman, anunciou hoje que deixará o PSDB junto com os seis vereadores que desembarcaram da legenda na semana passada. Feldman, que é um dos fundadores do PSDB, disse que o partido está se "desviando" de seu caminho original e negou que a saída da legenda tenha relação com a criação do PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab.
"O PSDB está hoje no desvio, o Fernando Henrique tem apontado isso, a saída dos vereadores aponta isso. Um partido que despreza a participação dos vereadores na organização do diretório e depois trata como mal pequeno a saída deles está no desvio", afirmou.
Feldman argumentou que sua saída do PSDB está relacionada ao racha de 2008, quando o governador Geraldo Alckmin decidiu disputar a Prefeitura de São Paulo, contrariando o acordo da legenda em manter a aliança com o DEM em torno do nome de Kassab. "O time maravilhoso que acaba de deixar o PSDB é o meu time. Eles compreenderam que em 2008 era um equívoco o governador Geraldo Alckmin sair candidato à Prefeitura. O PSDB cometeu esse equívoco e fez um racha interno por teimosia nessa posição", justificou.
Para Feldman, o grupo liderado por Alckmin não conseguiu compreender o "erro" de 2008 e essa inflexibilidade é a raiz das mudanças de hoje. "Quem errou muito foram eles (aliados de Alckmin). A aliança estava programada para persistir e ela teria persistido até hoje. Possivelmente não haveria PSD se houvesse isso, não haveria saída dos vereadores do PSDB", avaliou.
O secretário negou que o prefeito tenha interferido na decisão de saída dos vereadores e disse que não há definição sobre a ida para o PSD. "Juro pela minha mãe, não tem nada a ver" disse, referindo-se à saída do PSDB para acompanhar Kassab.
O ex-tucano comparou a debandada do partido ao período da fundação do PSDB, no final da década de 80. Segundo Feldman, o mesmo descontentamento que marcou sua saída do PMDB em 1988 é o que motiva sua decisão. "A saída dos vereadores é uma crítica duríssima a atual história do PSDB, que está fora de seu projeto original. Hoje o PSDB está num projeto de poder", criticou. "Estou muito triste porque o PSDB foi um partido que eu fundei", lamentou.
Na opinião do secretário, o PSDB precisa resgatar o ideário dos ex-governadores Franco Montoro e Mário Covas - lideranças históricas da sigla. "Minha vida é feita de ciclos e, infelizmente, o meu ciclo no PSDB, para mim, acabou".