Criança brincando no playground da comunidade Jose Felix Ribas, em Caracas, capital da Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 23h00.
Caracas - O governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira um plano de racionamento na provisão de água na área metropolitana de Caracas e no estado Miranda por causa de um período de seca que poderia estender-se por até quatro meses.
Segundo o ministro de Meio Ambiente venezuelano, Miguel Rodríguez, El Lagartijo, um dos três os açudes da região, está em 'nível morto', o que significa que está abaixo dos níveis que permitem seu uso deixando um déficit de 2.500 litros por segundos.
'Fizemos então um plano especial de abastecimento que será divulgado para que nossa gente saiba exatamente os dias que terá serviço contínuo, os dias que terá serviço noturno e os dias sem serviço', disse o ministro em entrevista coletiva.
Rodríguez declarou ainda que espera que esta crise termine no final do mês de agosto ou no início de setembro.
O prefeito do município caraquenho de Sucre, Carlos Ocaríz, uma das zonas afetadas pelo racionamento, qualificou como 'grave' a crise de água que enfrenta o reservatório.
'Estamos nos níveis mínimos do peservatório de Lagartijo. Isto representa uma grave crise', afirmou Ocaríz, opositor ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em mensagem no Twitter.
Durante os últimos dias toda a área metropolitana de Caracas sofreu interrupções no serviço de água por vários dias por causa de falhas e de manutenção do sistema hidrológico.
Em 2010, a Venezuela enfrentou um período de seca que gerou racionamento do abastecimento de água e do serviço elétrico como consequência dos baixos níveis de água da represa de El Guri, a principal reserva de geração hidrelétrica do país. EFE