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SeaWorld anuncia fim de programa de espetáculos com orcas

Segundo o comunicado, a SeaWorld não libertará as orcas, por considerar que elas já não se adaptariam à vida selvagem


	SeaWorld: a SeaWorld garantiu que esta decisão foi tomada porque a "sociedade está mudando"
 (REUTERS/Mike Blake)

SeaWorld: a SeaWorld garantiu que esta decisão foi tomada porque a "sociedade está mudando" (REUTERS/Mike Blake)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 14h56.

Miami - A empresa de parques temáticos SeaWorld anunciou nesta quinta-feira o cancelamento de seu programa de espetáculos com orcas após anos de polêmica, e que dará aos visitantes a possibilidade de ter experiências mais "naturais" com esses cetáceos.

Segundo o comunicado, a SeaWorld não libertará as orcas, por considerar que elas já não se adaptariam à vida selvagem.

A SeaWorld garantiu que esta decisão foi tomada porque a "sociedade está mudando", e lembrou que não captura animais selvagens há quase 40 anos.

Após saber da notícia, a organização de proteção de animais Peta disse em comunicado que a SeaWorld deve abrir seus "tanques ao oceano para permitir que as orcas que agora mantém cativas possam ter uma vida fora de suas prisões".

"A SeaWorld deu um passo à frente, mas devem vir outros. A Peta pede as pessoas de todo o mundo que mantenham uma campanha forte para todos os animais".

As orcas da SeaWorld permanecerão nas instalações dos Estados Unidos, nos parques de Orlando (Flórida), San Antonio (Texas) e San Diego (Califórnia), onde protagonizarão "novos e inspiradores encontros" com os visitantes.

Esta nova atração, mais "natural", deixará de lado o espetáculo para se concentrar em um compromisso de "educação, pesquisa de ciência marinha e resgate destes animais marítimos".

A companhia indicou que selou uma aliança com a organização de defesa dos animais Humane Society, que servirá para educar os visitantes sobre o bem-estar e a conservação da "vida selvagem e dos lugares em que vivem".

O novo projeto estreará no parque de San Diego em 2017, e será levado a San Antonio e Orlando em 2019.

A empresa, que viu como os números de visitantes nos parques diminuíram depois da estreia do documentário "Blackfish", dedicado à orca Tilikum, que fala da morte de três pessoas, avalia que ele contribuiu para que 400 milhões de pessoas conhecessem de perto esta espécie.

Tilikum matou em 2010 uma de suas treinadoras, a terceira desde que o animal chegou ao parque SeaWorld Orlando há 23 anos.

A SeaWorld anunciou recentemente que a saúde de Tilikum está se deteriorando, ao se aproximar de uma idade limite para estes animais marítimos e sua conduta cada vez é "mais letárgica".

O parque considera que pelo tamanho que tinha quando foi capturada em 1983, Tilikum tem 35 anos, muito perto do limite da esperança de vida das orcas machos.

Segundo a organização especializada About Whales and Dolphins, em dezembro de 2015 havia 56 orcas em cativeiro, 23 capturadas nos oceanos e 33 nascidas em cativeiro em pelo menos 12 parques marítimos em Argentina, Canadá, França, Espanha, Rússia, Japão e Estados Unidos. 

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