Sarney quer maior participação de Dilma na articulação
Após reunião, líderes do PMDB negaram que vão indicar um nome para substituir Luiz Sérgio na articulação política do governo
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2011 às 15h55.
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu hoje uma maior participação da presidente Dilma Rousseff na articulação política do governo. Sarney afirmou não acreditar que a presidente possa abrir mão dela mesma coordenar a política, "uma vez que o presidente é insubstituível nessa parte de coordenação política".
O senador não quis comentar sobre a provável substituição do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, mas lembrou que, com a saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, Dilma terá de escolher outro nome para se ocupar da articulação política do governo. "Essa é uma decisão da presidente", frisou sobre a saída de Luiz Sérgio. "Se o Palocci coordenava a parte política, ela vai ter que dar uma substituição a essa função", justificou.
Ele falou ao chegar ao Senado do encontro com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu. Participaram da conversa os líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), do PTB, Gim Argello (DF), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Eunício Oliveira (CE).
Sarney negou insatisfação no PMDB por não ter sido informado sobre a saída de Palocci. "O que tenho ouvido é que nós nos conduzimos muito bem na crise que o governo atravessou, porque todo partido esteve unido ao lado da presidente da República e aceitando as decisões que ela tomar", destacou.
"Nós devemos considerar que a substituição do ministro Palocci foi feita em um momento de crise, portanto não havia tempo nenhum para articulação, nem era caso para articulação, uma vez que o presidente tem no chefe da Casa Civil uma pessoa de sua extrema confiança. De maneira que não vejo nenhum desprestígio ou nenhuma desconsideração ao presidente Temer", acrescentou.
Para Renan Calheiros, como participante de um governo de coalizão, o PMDB "quer realçar seu papel na formulação política". "O partido não vai indicar ninguém, não quer indicar ninguém, mas o que o partido quer é ampliar seu papel na coordenação. Não só o PMDB, mas também os outros partidos da coalizão querem. Nós temos de aprender com essa crise."
O senador Eunício Oliveira endossou as palavras do líder. "O PMDB não quer o cargo. Quer apenas alguém que tenha interlocução com o partido", frisou.
Eunício descartou a possibilidade de o vice-presidente Michel Temer assumir o cargo. "O presidente Michel Temer sempre teve um relação muito forte com o Congresso. Ele já faz essa articulação para o governo naturalmente, pela relação que ele tem. Mas não estamos reivindicando absolutamente nada para o Michel."
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu hoje uma maior participação da presidente Dilma Rousseff na articulação política do governo. Sarney afirmou não acreditar que a presidente possa abrir mão dela mesma coordenar a política, "uma vez que o presidente é insubstituível nessa parte de coordenação política".
O senador não quis comentar sobre a provável substituição do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, mas lembrou que, com a saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, Dilma terá de escolher outro nome para se ocupar da articulação política do governo. "Essa é uma decisão da presidente", frisou sobre a saída de Luiz Sérgio. "Se o Palocci coordenava a parte política, ela vai ter que dar uma substituição a essa função", justificou.
Ele falou ao chegar ao Senado do encontro com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu. Participaram da conversa os líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), do PTB, Gim Argello (DF), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Eunício Oliveira (CE).
Sarney negou insatisfação no PMDB por não ter sido informado sobre a saída de Palocci. "O que tenho ouvido é que nós nos conduzimos muito bem na crise que o governo atravessou, porque todo partido esteve unido ao lado da presidente da República e aceitando as decisões que ela tomar", destacou.
"Nós devemos considerar que a substituição do ministro Palocci foi feita em um momento de crise, portanto não havia tempo nenhum para articulação, nem era caso para articulação, uma vez que o presidente tem no chefe da Casa Civil uma pessoa de sua extrema confiança. De maneira que não vejo nenhum desprestígio ou nenhuma desconsideração ao presidente Temer", acrescentou.
Para Renan Calheiros, como participante de um governo de coalizão, o PMDB "quer realçar seu papel na formulação política". "O partido não vai indicar ninguém, não quer indicar ninguém, mas o que o partido quer é ampliar seu papel na coordenação. Não só o PMDB, mas também os outros partidos da coalizão querem. Nós temos de aprender com essa crise."
O senador Eunício Oliveira endossou as palavras do líder. "O PMDB não quer o cargo. Quer apenas alguém que tenha interlocução com o partido", frisou.
Eunício descartou a possibilidade de o vice-presidente Michel Temer assumir o cargo. "O presidente Michel Temer sempre teve um relação muito forte com o Congresso. Ele já faz essa articulação para o governo naturalmente, pela relação que ele tem. Mas não estamos reivindicando absolutamente nada para o Michel."