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Sarkozy pode ser julgado por financiamento ilegal em 2012

A investigação está concentrada em amplo sistema de notas falsas para dissimular o excedente de 18,5 mi de euros do limite de gastos autorizados para a campanha


	Nicolas Sarkozy: o ex-presidente nega que as contas de sua campanha tenham superado o limite autorizado
 (AFP/ Lionel Bonaventure)

Nicolas Sarkozy: o ex-presidente nega que as contas de sua campanha tenham superado o limite autorizado (AFP/ Lionel Bonaventure)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 08h58.

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, possível candidato na eleição presidencial de 2017, pode enfrentar um julgamento por suposto financiamento ilegal da campanha de 2012, indicaram fontes ligadas à investigação.

"A Promotoria pede que todos os processados neste caso sejam submetidos a julgamento", declarou uma fonte.

Agora corresponde aos juízes de instrução tomar uma decisão sobre a demanda da Promotoria.

A situação pode prejudicar as aspirações de Sarkozy de voltar à presidência.

O ex-chefe de Estado (2007-2012) participará nas primárias da oposição de direita (20 e 27 de novembro) que devem designar o candidato à presidência para a eleição de 2017.

A Promotoria pede que Sarkozy seja julgado por "ter superado o limite dos gastos eleitorais" e por ter incluído em sua conta de campanha de 2012 "elementos contábeis voluntariamente desvalorizados".

A investigação está concentrada em um amplo sistema de notas fiscais falsas para dissimular o enorme excedente de 18,5 milhões de euros do limite dos gastos autorizados para a campanha, fixado em 22,5 milhões.

A Promotoria solicitou a acusação de outras 13 pessoas - incluindo dirigentes do UMP, partido na época de Sarkozy, ou diretores de empresas de comunicação - envolvidas no caso, por delitos de falsidade, abuso de confiança, fraude ou financiamento ilegal. O partido UMP agora se chama Os Republicanos.

Sarkozy não foi processado por ter conhecimento da fraude, e sim por ter realizado gastos adicionais em sua campanha quando não poderia ignorar que o orçamento superaria a "linha vermelha" do limite autorizado.

O ex-presidente nega que as contas de sua campanha tenham superado o limite autorizado.

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